O governador Mark Carney avisou que há um grande risco de "abrandamento do crescimento e de um notável aumento da inflação e, entre os vários cenários, pode estar uma recessão técnica".
O Reino Unido pode entrar em “recessão técnica”, ver o desemprego e a inflação dispararem e a libra acentuar a desvalorização no caso de decidir sair da União Europeia no referendo agendado para o próximo mês. O Banco de Inglaterra subiu o tom dos alertas sobre os riscos económicos de um eventual “Brexit” numa conferência de imprensa, esta quinta-feira, após mais uma reunião sobre a política monetária.
The Bank of England is right to warn leaving the EU could cause lower growth and unemployment to rise – that would hurt working people.
— David Cameron (@David_Cameron) 12 mai 2016
O governador Mark Carney avisou que há um grande risco de “abrandamento do crescimento e de um notável aumento da inflação. É essa a avaliação do Comité de Política Monetária (MPC), uma avaliação que não assenta num capricho, mas sim numa análise rigorosa e numa cuidada ponderação”, referiu antes de acrescentar que “entre os vários cenários pode estar uma recessão técnica”.
Leaving EU would stoke inflation & hit growth, leaving MPC with no-win choice on interest rates. UK would be poorer https://t.co/pfg1rBArlw
— George Osborne (@George_Osborne) 12 mai 2016
A libra esterlina, que já desvalorizou cerca de 9% desde novembro, pode derrapar até 20% no caso de uma saída da União Europeia, alterou também esta semana o instituto de investigação económica.
O Banco de Inglaterra decidiu manter a taxa de juro de referência em 0,5%. Por causa da incerteza em torno do resultado do referendo de 23 de junho, as previsões de crescimento para este ano foram revistas em baixa de 2,2% para 2% do PIB.
O próximo alerta vermelho sobre o “Brexit” é dado esta sexta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).