Parece a Amazónia, mas fica na Europa! Nos ecossistemas de Colchic coexistem antigas florestas tropicais e zonas húmidas mais recentes
Na costa oriental do Mar Negro, os ecossistemas de Colchic começaram a desenvolver-se há 20 milhões de anos. A Geórgia protege há muito tempo estas regiões e agora a UNESCO deu-lhes reconhecimento internacional.
Tamar Khakhishvili, vice-presidente da Agência das Áreas Protegidas da Geórgia, destaca “as árvores muito antigas que sobreviveram ao período glaciar e que têm florescido continuamente desde o período terciário.
Nos ecossistemas de Colchic coexistem antigas florestas tropicais e zonas húmidas mais recentes. O “Pântano de Ispani” é o exemplo perfeito. O pântano tem uma composição única. Cerca de 80% da região é composta por água. Izolda Matchutadze, cientista da Universidade Estatal da Geórgia, explica que “é como se virássemos ao contrário um lago que tem cinco metros de profundidade e está coberto por um cobertor de musgo. “Quando caminhamos sobre ele, vibra como um trampolim", diz a cientista.
As autoridades nacionais esperam que a inscrição na Lista do Património Mundial atraia fundos para a conservação da natureza, mas não só. Tamar Khakhishvili defende a aplicação dos fundos para o desenvolvimento das áreas protegidas no desenvolvimento social e económico das zonas rurais.
Três das quatro novas áreas do património mundial georgiano estão localizadas na região autónoma de Ajara. A capital, Batumi, é um destino turístico para as quatro estações. Para Tornike Rijvadze, presidente do governo da república autónoma de Ajara, a decisão da UNESCO "proporciona uma oportunidade única para o turismo da região ser ainda mais diversificado e vai trazer uma outra dinâmica à economia".
A Geórgia está empenhada em aumentar o número de áreas protegidas, Para já, aposta nos ecossistemas de Colchic de uma forma sustentável.