Trata-se do oitavo aumento consecutivo desde julho de 2022 para os países da zona euro.
Confirmaram-se as previsões. O Banco Central Europeu (BCE) voltou a mexer nas taxas de juro, com uma subida em 25 pontos-base, para os 3,5% na taxa de depósitos, de forma a combater a inflação.
Trata-se do oitavo aumento consecutivo desde julho de 2022 para os países que integram a zona euro.
A decisão já era aguardada. Em comunicado, o Banco Central Europeu assegurou que as taxas vão ser mantidas nestes níveis “enquanto for necessário”, de forma a garantir que a inflação volta a níveis aceitáveis em linha com o patamar de 2%.
“A inflação tem vindo a descer mas continua a prever-se que continue elevada por demasiado tempo”, sublinhou a autoridade monetária.
A taxa de juro das principais operações de refinanciamento agravou-se para 4%. Já a taxa de facilidade de depósito aumentou para 3,50% enquanto a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez subiu para 4,25%.
Muitos analistas já avançam a possibilidade de um novo aumento na próxima reunião do BCE a 27 de julho.
A presidente do BCE, ChristineLagarde, anunciou que “é muito provável que continuemos a subir as taxas de juro em julho, porque estamos determinados em atingir o nosso objetivo [de inflação] num tempo oportuno.”
"Não estamos a pensar em fazer uma pausa“, acrescentou Lagarde, ao contrário do anúncio da Reserva Federal dos EUA (Fed), banco central dos Estados Unidos, que decidiu esta quarta-feira fazer pausa nas subidas das taxas de juro, pela primeira vez desde março de 2022.
As novas mexidas nas taxas de juro deverão ter um impacto junto das famílias que pediram crédito à habitação, com aumentos nas taxas Euribor a três, seis e 12 meses.