Limite superior das taxas de juros fica nos 5,5%. Medida do Banco Central norte-americano visa travar a subida da inflação.
A Reserva Federal dos Estados Unidos da América (FED) aumentou os juros em mais 25 pontos para os 5,5%. A subida coloca a taxa diretora em máximos de 22 anos.
Horas depois também o BCE seguiu a mesma tendência e anunciou o nono agravamento consecutivo das taxas de referência.
O aumento do custo dos empréstimos, anunciado esta quarta-feira pelo Banco Central norte-americano, surge parar tentar arrefecer a economia e travar a subida da inflação.
Numa declaração à imprensa, Jerome Powell, presidente da instituição, justificou a decisão do "restabelecimento da estabilidade dos preços" como um meio "essencial de preparar o terreno para alcançar o máximo emprego e preços estáveis a longo prazo".
A medida surge após uma pequena pausa, em junho, no aumento dos juros e representa o décimo primeiro aumento desde o início de 2022.
O ciclo de aumentos da FED começou em março de 2022 e já acumula 525 pontos-base.
Apesar deste ciclo de subidas de taxas de juros, o mais agressivo nos últimos 40 anos da história da Reserva Federal dos EUA, a economia norte-americana mantém-se robusta, com o desemprego ainda perto de um mínimo histórico.
BCE em linha com a FED
Esta quinta-feira foi a vez do Banco Central Europeu (BCE) revelar também uma subida dos juros, confirmando as previsões de um aumento de 25 pontos-base, que coloca a taxa diretora nos 4,25%.
Os bancos da zona euro registaram uma queda acentuada na procura de empréstimos às empresas, tendo atingido o nível mais baixo de que há registo. Uma situação semelhante verifica-se na procura de crédito à habitação.
Mas o objetivo de situar a inflação nos 2%, após os recentes máximos históricos, levou o BCE a anunciar mais uma subida da taxa de referência, a nona consecutiva para o valor mais elevado desde 2001.