As bolsas francesas não mostraram qualquer reação imediata à turbulência política no país.
Apesar da queda do Governo de Michel Barnier na quarta-feira, a Bolsa de Paris registou ganhos esta quinta-feira, com o principal índice, CAC 40, a subir 0,65% por volta das 10h00, depois de ter subido 0,66% no dia anterior.
O euro também registou poucas alterações. Mais cedo, o índice francês de referência CAC 40 tinha iniciado a sessão com um ligeiro ganho, depois de o Governo do primeiro-ministro Michel Barnier, que durou apenas três meses, ter caído na sequência de uma histórica moção de censura.
O primeiro-ministro Michel Barnier, o chefe de Governo com o mandato mais curto da República Francesa moderna, e o seu executivo foram destituídos pela Assembleia Nacional, a câmara baixa do Parlamento francês.
O Governo caiu devido a um orçamento amplamente debatido, que não conseguiu obter o apoio dos políticos de extrema-direita e de esquerda.
O mercado parece ter aceitado a notícia com reações relativamente modestas. As obrigações francesas mantiveram-se estáveis, com o rendimento das obrigações a 10 anos a situar-se em 2,886% na manhã desta quinta-feira.
No entanto, a moção de censura poderia já ter sido calculada no início desta semana, quando os investidores começaram a mostrar algumas preocupações sobre a trajetória política de França. Os custos dos empréstimos franceses ultrapassaram pela primeira vez os da Grécia.
O índice de ações francesas, o CAC 40, apresentava um ganho modesto de 0,59% às 9h30 (Hora da Europa Central) e as ações dos maiores bancos franceses também foram negociadas em alta.
O BNP Paribas e o Credit Agricole subiam cerca de 2%, enquanto o Societe Generale SA registava um ganho de quase 3% na manhã desta quinta-feira.