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Atrás de portas fechadas, líderes discutem em Davos o caminho da Europa com Trump

Líderes políticos e empresariais discutem ideias numa mesa redonda executiva almoço Euronews em Davos - 21 de janeiro de 2025.
Líderes políticos e empresariais discutem ideias numa mesa redonda executiva almoço Euronews em Davos - 21 de janeiro de 2025. Direitos de autor  Euronews
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De Angela Barnes
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Os líderes mundiais presentes no Fórum Económico Mundial, em Davos, apelaram à Europa para repensar urgentemente as suas estratégias económicas e regulamentares, especialmente com o regresso de Donald Trump ao poder nos EUA.

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Os debates, que tiveram lugar durante uma mesa-redonda exclusiva para executivos, organizada por Massimo Andolina, diretor-executivo da Philip Morris International para a Europa, e Claus Strunz, diretor-executivo da Euronews, com moderação de Christoph Keese, diretor-executivo da World Minds, salientaram a necessidade de a Europa se tornar mais competitiva, inovadora e unida.

Uma chamada de atenção para a Europa

Andolina alertou para o facto de a Europa estar a "caminhar a passos largos para uma catástrofe" no que diz respeito à sua economia. Citando o relatório Draghi como uma chamada de atenção, sublinhou a necessidade de flexibilizar a regulamentação e de promover um ambiente em que as empresas possam prosperar. "Uma mudança de mentalidade é crucial", sublinhou.

Falar menos, agir mais

O antigo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também apelou a uma ação rápida. "Devemos falar menos e agir mais na Europa", afirmou durante o debate. De acordo com o relatório Draghi, a Europa está a regulamentar de uma forma que já não funciona. Michel defendeu ainda a realização de reformas estruturais, incluindo o aumento da capitalização do Banco Europeu de Investimento (BEI), para impulsionar o crescimento económico. "Temos de encontrar os recursos para investir na defesa e nas empresas", afirmou.

Michel também falou com a Euronews sobre as ameaças comerciais de Donald Trump. "Se houver o início de uma guerra comercial, isso significa que toda a gente vai ficar pobre", afirmou. "Temos de reagir com as ferramentas que temos nas nossas mãos... mas também temos de falar".

Confiança e investimento privado

O ministro da Economia da Roménia, Ivan Bogdan, apelou a uma mudança cultural para reconstruir a confiança nas instituições europeias. Bo Sandberg, economista-chefe da Active Owners Denmark, sublinhou a necessidade de mobilizar capital privado. "A questão não é a disponibilidade de dinheiro, mas sim conseguir que os investidores institucionais atuem, à semelhança do que acontece nos EUA", defendeu.

Otimismo no meio de desafios

Silvana Koch-Mehrin, ex-vice-presidente do Conselho Europeu, adoptou um tom mais otimista. Salientou a resiliência da Europa em crises passadas, como a sua liderança durante a pandemia de COVID-19. "A Europa esteve sempre à altura do desafio", afirmou, referindo que a Europa forneceu vacinas ao Canadá e aos EUA.

Vista de Davos, onde se realiza o Fórum Económico Mundial - 21 de janeiro de 2025.
Vista de Davos, onde se realiza o Fórum Económico Mundial - 21 de janeiro de 2025. Euronews

Liderança tecnológica e de IA

Fredrikson Kenneth, vice-presidente da Huawei Europe, sublinhou a importância de a Europa estabelecer uma posição mais forte na inteligência artificial (IA). "A criação de valor está a acontecer aqui, mas temos de ser proativos", afirmou. Kenneth apelou a investimentos significativos em IA e infraestruturas para competir globalmente, sublinhando que tal requer uma ação coletiva, investimentos simplificados e mercados comuns.

Consenso geral

Em todos os debates, houve consenso de que a Europa deve trabalhar em conjunto para se manter competitiva na cena mundial, especialmente com a economia dos EUA a crescer sob a liderança de Trump, apesar do aumento da dívida pública. Os dirigentes sublinharam que a colaboração é a chave para enfrentar os desafios económicos, tecnológicos e geopolíticos.

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