Thriller científico no CERN produzido com micro-orçamento

“Lea, un ange dans ma maison” é um thriller científico produzido com um micro-orçamento.
O maior desafio em relação a esta pequena produção caseira foi a procura de financiamento. Tive de pedir um empréstimo em meu nome e tentei angariar fundos através de uma plataforma na internet para obter 7000 euros.
O filme retrata a vida de um cientista abalado pela morte da filha que um dia encontra uma menina parecida com a filha e dotada de poderes sobrenaturais.
O realizador Jacques-Hervé Fichet trabalha como produtor audiovisual no CERN, o maior centro de física nuclear do mundo, situado perto de Genebra.
“O maior desafio em relação a esta pequena produção caseira foi a procura de financiamento. Tive de pedir um empréstimo em meu nome e tentei angariar fundos através de uma plataforma na internet no sítio touscoprod.com, para obter 7000 euros”, contou o realizador.
A coprodução franco-suíça custou menos de duzentos mil euros graças ao trabalho de numerosos voluntários. Quase todos os atores trabalharam gratuitamente.
“Ser ator é um desafio, sobretudo quando o nosso dia-a-dia é fazer programação e a dirigir uma equipa de informáticos.
Há muitas técnicas de interpretação que conheço mal. No fundo tentei ser eu próprio e tentei imaginar a forma como reagiria em determinada situação”, disse Quentin King, um dos atores amadores.
“Para mim foi um jogo e uma aventura espetacular. Descobri o que é o trabalho do ator no cinema. Estava habituado ao teatro e tive de mudar muitas coisas. O realizador disse-me no início para eu parar de fazer caretas. Tive de atuar de forma mais leve. Foi divertido. Durante alguns segundos eu e a Léa, voamos, para isso foi preciso passar dois dias em estúdio suspensos por cabos diante de um fundo verde. Foi muito divertido”, disse Stephan Petit.
A personagem de Léa é incarnada por Lou-Émilie Alves, filha do realizador.
O filme estreou no final de janeiro em França e na Suíça.