"Música no Coração" faz 50 anos e o filão dos dólares é reaberto

"Música no Coração" faz 50 anos e o filão dos dólares é reaberto
De  Francisco Marques
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Há 50 anos, a 2 de março de 1965, “Música no Coração” chegou ao grande ecrã. Um ano depois, o filme realizado por Robert Wise e baseado no musical

Há 50 anos, a 2 de março de 1965, “Música no Coração” chegou ao grande ecrã. Um ano depois, o filme realizado por Robert Wise e baseado no musical “The Sound of Music” venceu cinco Óscares da academia de Hollywood. Meio século depois, a Twentieth Century Fox prepara um aniversário especial, ao som da música e dos dólares, com a reposição do filme no decorrer de abril em cerca de 500 salas norte-americanas e ainda uma reedição especial de cinco discos em Blu-Ray e DVD.

Este filme sobreviveu aos tempos porque foi muito bem produzido. Tinha música muito bonita, esplêndidos cenários, as montanhas, as crianças e uma história que misturava aventura e romance

A história – que se tornou quase um ritual, por exemplo, na televisão portuguesa, por alturas do Natal – é inspirada numa família austríaca real, mas foi romantizada. Os direitos da história foram, primeiro, vendidos a uma produtora alemã, que fez dois filmes baseados na biografia de Maria von Trapp, “A História dos Cantores da Família Von Trapp”. A produtora revendeu os direitos aos estúdios americanos Twentieth Century Fox, que reeditou as duas partes alemãs dobradas e combinadas num único filme de 106 minutos, lançado em abril de 1961, um ano e meio depois de ter estreado o musical da Broadway, em Nova Iorque.

Em 1962, começou a ganhar a forma a adaptação americana da história. Julie Andrews e Christopher Plummer foram os atores escolhidos depois das primeiras opções terem saído furadas aos produtores – entre elas, Sean Connery e Grace Kelly. A família Von Trapp tornar-se-ia um ícone do cinema. Em especial, a governanta Maria, personagem interpretada por Julie Andrews, hoje com 79 anos, mas ainda indissociável daquele papel. “Se alguém me tivesse dito – na altura em que estávamos a filmar – que 50 anos depois eu estaria a falar do filme, eu jamais o poderia imaginar”, afirmou a atriz.

Nem toda a gente, porém, está a celebrar o meio século de “Música no Coração” com a mesma satisfação. É o caso, por exemplo, de Christopher Plummer, que interpretou o “Capitão Georg Johannes von Trapp”, personagem que o ator disse ter odiado.

“Música no Coração” é a o musical mais rentável da história da sétima arte, tendo gerado mais de mil milhões de euros. Outros musicais ganharam relevo ao longo dos anos, como “Cabaret”, “Chicago” ou “Moulin Rouge”, mas nenhum chegou ao nível da história dos Von Trapp, que recebeu um tributo especial na recente edição dos Óscares, com uma interpretação de alguns trechos musicais do filme pela voz de Lady Gaga.

“Este filme sobreviveu aos tempos porque foi muito bem produzido”, explica Julie Andrews, destacando a “música muito bonita, os esplêndidos cenários, as montanhas, as crianças e uma história que misturava aventura e romance”, que compunham o filme realizado por Robert Wise e filmado em vários locais da Áustria. “No geral, os musicais são muito especiais e há uma projeção resultante do facto de haver música como parte da história”, concretizou a atriz.

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