Catorze longas-metragens integram a competição no Festival de Cinema Americano de Deauville, em França.
Catorze longas-metragens integram a competição no Festival de Cinema Americano de Deauville, em França. O júri é presidido pelo antigo ministro da Cultura, Frédéric Mitterand.
A quadraésima segunda edição do lendário festival de cinema americano pretende enviar uma mensagem de esperança em tempos conturbados.
A segurança do evento, na estação balnear francesa, foi reforçada na sequência dos recentes ataques terroristas de Nice. “A quadragésima segunda edição do lendário festival de cinema americano pretende enviar uma mensagem de esperança em tempos conturbados. Em Deauville, o cinema é celebrado como uma ponte entre nações e culturas”, sublinhou Lise Pedersen, jornalista da euronews.
O filme de abertura do festival, “Infiltrator”, baseia-se numa história real. A película realizada por Brad Furman conta com Diane Kruger e Bryan Cranston nos papéis principais. O protagonista de “Breaking Bad” incarna o papel de um agente secreto infiltrado no cartel da droga de Pablo Escobar. Diane Kruger incarna a figura de uma guarda fronteiriça.
“Tenho uma grande obsessão por Pablo Escobar e pelos cartéis da droga. Vivo nos Estados Unidos onde esta realidade é mais conhecida do que na Europa, gosto de ver a série “Narcos” e sinto um grande fascínio pelo crime organizado, e pelo papel dos governos e dos bancos. Trata-se de um tipo de filme que eu gostaria de ver como espetadora. Foi fascinante ter tido a oportunidade de desempenha esta personagem e conhecer este mundo”, sublinhou a atriz.
Este ano, o festival prestou homenagem ao ator e realizador Stanley Tucci. Ao longo de mais de três décadas, o ator norte-americano participou em mais de cinquenta filmes, nomeadamente na longa-metragem “O caso Spotlight”, premiada este ano com o Óscar de melhor filme.
euronews: “Disse uma vez que gostaria de voltar a ter cabelo. Se tivesse uma peruca loura incarnaria o papel de Donald Trump no seu próximo filme?”
Tucci: “Sim, possivelmente. Seria fascinante incarnar a figura de Donald Trump, mas não sei se sou a boa pessoa para desempenhar o papel de Donald Trump…”
euronews: “Como se prepararia para esse papel?”
Tucci: “Estudaria os gestos durante algum tempo, ele tem dois gestos, uma certa voz e uma corpulência e um ego impressionante”.
O último documentário de Michael Moore foi outro dos destaques da programação.
“E agora invadimos o quê?” mostra políticas internacionais que, no entender do cineasta, deviam ser importadas pelos Estados Unidos. O filme faz referência à política de descriminalização de drogas em Portugal.