Auschwitz: A conservação da história

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Todos os dias, uma equipa de restauradores do museu trabalha em milhares de objetos deixados pelos prisioneiros. O objetivo é preservá-los no estado exato em que foram encontrados e manter sua autenticidade

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Quase 75 anos após a sua libertação, os edifícios do campo de concentração de Auschwitz, na Polónia, estão a ser alvo de trabalhos de conservação.

Criado em 1940 pelas forças da Alemanha nazi, estima-se que mais de um milhão e cem mil pessoas tenham sido aqui assassinadas.

"Em praticamente todos os edifícios enfrentamos uma situação em que as várias camadas mal se mantinham juntas. Queríamos conservar o edifício de maneira a que a nossa intervenção não fosse visível", conta o restaurador Andrzej Cyran.

Todos os dias, uma equipa de restauradores de museus trabalha em milhares de objetos deixados pelos prisioneiros. O objetivo é preservá-los no estado exato em que foram encontrados e manter sua autenticidade, como explica a chefe dos estudos de conservação do Museu de Auschwitz, Aleksandra Papis:

"Os objetos que ficaram no campo eram de qualidade inferior, tendo sido muito usados pelos seus donos. São, muitas vezes, feitos de materiais cuja composição não é totalmente conhecida. Então a primeira etapa é identificar com o que estamos realmente a lidar e como é que podemos protegê-los."

Segundo o diretor do Museu de Auschwitz, Piotr Cywinski, a conservação do campo é fundamental para manter viva a história de modo a que as gerações futuras não esqueçam e não repitam os mesmos erros.

"Este não é um lugar de memória no sentido de olhar para o passado. Não, este é um lugar para nos lembrar, para nos consciencializar do tipo de futuro que queremos construir. Se compreendermos que isto é um sinal para o futuro, então esta autenticidade é absolutamente inestimável".

Auschwitz foi libertado pelas forças soviéticas em 27 de janeiro de 1945 e o Museu estima que, no próximo ano, mais de 120 sobreviventes estarão presentes para assinalar da data.

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