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Documentário sobre Mariupol abala Festival de Cannes

Festival de Cannes
Festival de Cannes Direitos de autor  Vianney Le Caer/2022 Invision
Direitos de autor Vianney Le Caer/2022 Invision
De Frédéric Ponsard & Patricia Tavares
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Realizador Mantas Kvedaravičius morreu durante as filmagens na Ucrânia.

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Cannes não ficou indiferente às imagens de "Mariupolis 2", um documentário sobre o desespero dos habitantes de Mariupol que tentam sobreviver nas ruínas da cidade ucraniana, depois da invasão russa. O realizador do filme, o lituano Mantas Kvedaravicius, foi morto no mês passado enquanto filmava o documentário, alegadamente pelas forças russas.

O filme foi apresentado fora da competição na quinta-feira e contou com a presença de Hanna Bilobrova, correalizadora de "Mariupolis 2" e da noiva de Kvedaravicius. Ficou chocada com uma exibição da força aérea francesa nos céus de Cannes para promover o filme "Top Gun".

Estávamos de pé na varanda e ouvimos jactos a voar... e quase nos deitámos no chão, mas não houve bombas... Comecei a chorar ao ouvir outro avião. Abracei a pessoa com quem estava e um colega desceu para perguntar o que estava a acontecer, para alguém) explicar o que estava a acontecer.
Hanna Bilobrova
co-realizadora de "Mariupolis 2" e noiva de Mantas Kvedaravičius

Quando a guerra começou foi ajudar as pessoas que tinha conhecido durante os primeiros filmes e decidiu fazer um terceiro documentário. Não tem música nem narrador. Na obra, as longas filmagens da destruição alternam com imagens da vida quotidiana.

O Festival de Cannes sempre teve esta vocação de estar em contacto com a actualidade e de oferecer uma plataforma excepcional aos cineastas que lutam pela paz e pelos direitos humanos em todo o mundo. Ver "Mariupolis 2" é viver a guerra por dentro, o medo, os bombardeamentos e o caos com homens e mulheres que perderam tudo - até mesmo a vida - como o realizador Mantas Kvedaravičius, morto pelo exército russo a 2 de Abril de 2022 em Mariupol, na Ucrânia.
Fred Ponsard
euronews
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