"A arte é longa, a vida é curta": Faleceu o compositor Ryuichi Sakamoto

O compositor japonês, Ryuichi Sakamoto, falecido aos 71 anos, vítima de cancro
O compositor japonês, Ryuichi Sakamoto, falecido aos 71 anos, vítima de cancro Direitos de autor Domenico Stinellis/AP
De  Maria Barradas com EFE
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O compositor japonês, Ryuichi Sakamoto, faleceu na semana passada, aos 71 anos, vítima de um cancro colorretal, noticiou a agência "Commons".

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O célebre músico e compositor japonês, Ryuichi Sakamoto, morreu a 28 de março, aos 71 anos de idade, em consequência de um cancro colorretal de que sofria desde 2020.

A notícia foi confirmada este domingo pela agência "commons" que o representava. "**Enquanto se submetia ao tratamento do cancro descoberto em junho de 2020, Sakamoto continuou a criar obras até que a sua saúde o permitisse.**Viveu com música até ao fim", pode ler-se no comunicado.

Segundo a agência, e de acordo com os desejos do artista, o serviço fúnebre terá sido realizado apenas com a família mais próxima. A  "commmons" não forneceu mais pormenores e pediu que a privacidade da família fosse respeitada.

O pianista, que sofreu de cancro na garganta em 2014, do qual conseguiu recuperar, confirmou no início de 2021 que tinha cancro colorretal, que se propagou a outros órgãos sob a forma de metástases.

Premiado com um Óscar de melhor música original pelo filme "O Último Imperador", Sakamoto foi submetido a seis cirurgias no ano passado, incluindo uma cirurgia de 20 horas para tentar remover um tumor primário no seu reto e outras metástases.

Ryuichi Sakamoto foi um dos criadores japoneses mais internacionais do seu tempo, com uma obra complexa que abrangeu várias etapas, desde o seu primeiro grupo de sucesso, a Orquestra Mágica Amarela experimental, até à criação de bandas sonoras.

Nesta secção recebeu inúmeros prémios e escreveu a música para películas tão memoráveis como "Feliz Natal Sr. Lawrence" (1983), no qual também interpretou o comandante de um campo prisional japonês durante a Guerra do Pacífico, "O Último Imperador" (1987) e "O Renascido" (2015).

O seu último concerto foi a 11 de dezembro, em formato "online", para poder ser seguido em diferentes fusos horários. Na altura, o seu cancro já estava em estado IV, e muitos dos fãs pensaram que poderia ser o seu último concerto. 

Uma das frases favoritas de Ryuichi Sakamoto era:  "Ars longa, vita brevis". A arte é longa, a vida é curta".

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