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Roger Waters pode vir a ser processado por apoiar a Palestine Action

Roger Waters manifesta o seu apoio à Palestine Action e declara a sua independência face ao governo do Reino Unido
Roger Waters manifesta o seu apoio à Palestine Action e declara a sua independência face ao governo do Reino Unido Direitos de autor  AP Photo
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De David Mouriquand
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Roger Waters, antigo membro dos Pink Floyd, pode vir a ser processado depois de ter declarado que a Palestine Action “não é uma organização terrorista”. Desde 5 de julho de 2025, a organização é considerada, no Reino Unido, um grupo terrorista ao abrigo da Lei do Terrorismo de 2000.

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Roger Waters, cofundador dos Pink Floyd, poderá ser processado depois de ter declarado o seu apoio à Palestine Action, uma organização que foi classificada como proibida pelo parlamento britânico.

Waters publicou um vídeo no X em que elogiava a Palestine Action como sendo uma “grande organização”, classificando-os como “não violentos” e “absolutamente não terroristas de forma alguma”.

Também manifestou o seu apoio à banda britânica de punk-rap Bob Vylan, que teve uma atuação controversa no Festival de Glastonbury deste ano, quando entoou um cântico de "morte, morte às IDF" (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês).

A partir de sábado, 5 de julho de 2025, a Palestine Action foi proscrita como grupo terrorista no Reino Unido ao abrigo da Lei do Terrorismo de 2000. Isto significa que a adesão ou o apoio público ao grupo é agora classificado como uma infração penal e é punível com até 14 anos de prisão e/ou uma multa.

No vídeo, Waters também mostrou aos seguidores um cartaz que estava a criar em cartão, com a afirmação “Roger Waters apoia a Palestine Action”, continuando: "O parlamento foi corrompido por agentes de uma potência estrangeira genocida. Insurjam-se. É agora. Este é o momento. Eu sou Spartacus".

Waters declarou ainda a sua independência face ao governo britânico.

Declaro a minha independência face ao governo do Reino Unido, que acabou de designar a Palestine Action como terrorista, uma organização terrorista proscrita.”

Organizações como a Campaign Against Antisemitism (CAA) responderam ao vídeo nas redes sociais, escrevendo: "Analisámos este post. A Palestine Action foi proscrita. Qualquer pessoa que expresse o seu apoio, contrariando a secção 12 da Lei do Terrorismo de 2000, comete uma infração penal. Estamos prontos a processar os infratores em privado nos casos em que se verifique um delito e as autoridades não atuem".

Waters já negou anteriormente acusações de antissemitismo no que diz respeito ao seu apoio de longa data à Palestina.

Os seus alegados comentários antissemitas “enfureceram os seus antigos companheiros de banda” e, no ano passado, Waters terá sido abandonado pela empresa de direitos musicais BMG devido aos seus comentários inflamados sobre Israel, a Ucrânia e os EUA.

Em abril de 2023, Waters ganhou uma batalha legal depois de os magistrados de Frankfurt terem dado instruções a um local para cancelar o seu concerto, acusando-o de ser "um dos mais conhecidos antissemitas do mundo".

Waters explicou que o seu desdém é para com Israel e não para com o judaísmo, acusando Israel de "abusar do termo antissemitismo para intimidar pessoas como eu e levá-las ao silêncio".

Waters também criticou outros músicos pelas suas posições diferenciadas em relação a Israel. Disse a Thom Yorke e Jonny Greenwood, dos Radiohead, que “não há qualquer argumento a apresentar”, acrescentando: "Não se trata de um conflito. É um genocídio, Thom e Jonny."

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