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Protesto contra reserva de água para agricultura degenera em "campo de batalha"

Protesto degenerou em "campo de batalha" entre manifestantes e as autoridades
Protesto degenerou em "campo de batalha" entre manifestantes e as autoridades Direitos de autor  pascal lachenaud / AFP
Direitos de autor pascal lachenaud / AFP
De Francisco Marques
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Milhares de manifestantes juntaram-se sem autorização em Sainte-Soline contra a construção de uma barragem de uso exclusivo da agro-indústria. Um deles corre perigo de vida

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Uma manifestação ambientalista não autorizada em França degenerou em confrontos com a polícia, com vários feridos de ambos os lados.

Milhares de manifestantes concentraram-se em Sainte-Soline, na região ocidental da Nova Aquitânia, contra a construção de uma reserva de água destinada à rega agrícola. As autoridades estimaram ser cerca de 6 mil manifestantes; os organizadores falavam em quase 30 mil.

Os protestos subiram de tom e as autoridades, mobilizadas com cerca de 3 mil agentes, incluindo da guarda nacional, os gendarmes, tentou reprimir a manifestação rebelde e acabou em confrontos provocados por uma ala mais violenta dos manifestantes.

Os dados oficiais fornecidos pelo Ministério Público de Niort apontam para pelo menos 28 polícias e sete manifestantes feridos.

Os organizadores do protesto garantem ter ficado mais de 200 manifestantes feridos, incluindo um em coma.

As autoridades confirmam haver "um manifestante ferido com prognóstico vital", o que significa em risco de vida, e acusam os manifestantes mais violentos pelo uso de "morteiros de fogo de artifício, velas romanas e grandes cocktails molotov", entre outros projéteis.

A violência denunciada levou os agentes a retaliar com gás lacrimogéneo, granadas de dissuasão e balas de borracha.

O local ficou a assemelhar-se a um "campo de batalha", com várias viaturas em chamas e outros focos de incêndio.

Não foram efetuadas detenções durante a manifestação, de acordo com o procurador público, mas onze pessoas já tinham sido detidas antes durante controlos em que foram apreendidas muitas armas.

O Ministro do Interior, Gérald Darmanin, denunciou a violência "indesculpável" da "extrema esquerda", enquanto os organizadores atribuíram a "violência absolutamente criminosa" pela polícia.

A primeira-ministra Élisabeth Borne manifestou "apoio aos gendarmes e aos bombeiros mobilizados sob a autoridade da prefeitura de Deux-Sèvres para garantir a ordem republicana diante de uma onda de intolerável violência em Sainte-Soline".

São atos inaceitáveis tal como a irresponsabilidade dos discursos radicais que incentivam estas ações.
Élisabeth Borne
Primeira-ministra de França

Os manifestantes prometem a continuar para evitar a conclusão da construção daquela reserva de água para uso exclusivo da agro-indústria.

Outras fontes • AFP

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