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Forte vaga de calor no sul da Europa faz aumentar alertas de incêndios florestais

Turistas protegem-se do sol quente junto a uma fonte no Castelo Sforzesco, em Milão.
Turistas protegem-se do sol quente junto a uma fonte no Castelo Sforzesco, em Milão. Direitos de autor  AP Photo/Luca Bruno
Direitos de autor AP Photo/Luca Bruno
De Euronews Green com AP
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Itália, Espanha, Grécia e Portugal estão a suar sob um calor intenso, com as autoridades a alertarem para os riscos crescentes de incêndios florestais e para as graves consequências para a saúde associadas às altas temperaturas.

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As grandes vagas de calor no sul da Europa fizeram subir as temperaturas acima dos 40°C em países como Itália, Espanha ,Grécia e Portugal tendo as autoridades locais emitido novos avisos contra o risco de incêndios florestais.

Os peritos associam o aumento da frequência e da intensidade destas vagas de calor às alterações climáticas, alertando para a frequência destes fenómenos meteorológicos extremos na região sul da Europa.

Antes do fim-de-semana, registou-se um forte calor em Itália, na Grécia, em Espanha e em Portugal, com os habitantes locais e os turistas a refugiarem-se das condições de calor sufocante.

Itália e Portugal sob calor de mais de 40°C

Dois terços de Portugal estavam em alerta máximo no domingo devido ao calor extremo e aos incêndios florestais, prevendo-se que as temperaturas ultrapassassem os 42°C em Lisboa.

Hoje, a persistência de valores extremamente elevados da temperatura máxima coloca sete distritos em aviso vermelho: Beja, Castelo Branco, Évora, Lisboa, Portalegre, Setúbal e Santarém.

No concelho de Castelo Branco um incêndio florestal deflagrou ao final do dia de domingo. Segundo a Protecção Civil estão ainda em curso trabalhos com 165 operacionais, 52 viaturas e quatro meios aéreos.

Em Itália, algumas regiões, Lazio, Toscana, Calábria, Apúlia e Úmbria, planearam proibir algumas atividades laborais ao ar livre durante as horas mais quentes do dia, em resposta às temperaturas recorde.

Os sindicatos italianos pressionaram o governo a alargar estas medidas a nível nacional.

Turistas tentam proteger-se do sol enquanto fazem fila para entrar na Basílica de São Marcos em Veneza
Turistas tentam proteger-se do sol enquanto fazem fila para entrar na Basílica de São Marcos em Veneza AP Photo/Luca Bruno

No domingo, o ministério da Saúde italiano colocou 21 das 27 cidades monitorizadas sob o alerta máximo de calor, incluindo os principais destinos de férias como Roma, Milão e Nápoles.

Em Roma, os turistas tentaram procurar sombra perto de pontos turísticos como o Coliseu e a Fonte de Trevi, usando guarda-chuvas e bebendo em fontes de água públicas para se refrescarem.

Cenas semelhantes foram registadas em Milão e Nápoles, onde vendedores ambulantes vendiam limonada a turistas e residentes para se refrescarem do calor.

Um mês de junho que bateu recordes em Espanha

Também em Espanha as temperaturas atingiram os 42°C na cidade de Sevilha, no sul do país, bem como noutras localidades.

As regiões do sul de Espanha registaram temperaturas superiores às médias sazonais, o que suscitou alertas de saúde e recomendações de segurança por parte das autoridades.

O serviço nacional de meteorologia do país, Aemet, declarou que o mês de junho deverá bater mais um recorde, tornando-se o mês mais quente desde que há registos.

A Grécia está em alerta máximo para os incêndios florestais

A Grécia voltou a estar em alerta máximo de incêndios florestais devido às condições meteorológicas extremas, prevendo-se que a primeira vaga de calor do verão continue durante o fim de semana.

Um grande incêndio deflagrou a sul de Atenas na quinta-feira, obrigando a evacuações e ao encerramento de estradas perto do antigo Templo de Poseidon.

Ventos fortes espalharam as chamas, atingindo casas e enchendo o céu de fumo.

As autoridades gregas enviaram 130 bombeiros, 12 aviões e 12 helicópteros para combater o incêndio, enquanto a polícia retirou 40 pessoas em cinco áreas sob ordens de evacuação.

Um helicóptero dos bombeiros lança água durante o combate a um incêndio na zona costeira de Charakas, a sul de Atenas, a 26 de junho.
Um helicóptero dos bombeiros lança água durante o combate a um incêndio na zona costeira de Charakas, a sul de Atenas, a 26 de junho. AP Photo/Thanassis Stavrakis

Riscos para a saúde devido ao calor recorde

Os especialistas alertaram para o facto de o calor intenso poder afetar a vida quotidiana, especialmente das populações vulneráveis, como os idosos e as crianças.

As autoridades locais desaconselharam a atividade física durante as horas mais quentes do dia e recomendaram a ingestão de muitos líquidos.

Um estudo da Lancet Public Health publicado no ano passado salientou o risco crescente de mortes relacionadas com o calor devido às alterações climáticas.

O estudo previa que as mortes relacionadas com o calor podiam mais do que quadruplicar até meados do século, se as atuais políticas climáticas fossem aplicadas.

Embora haja mais pessoas a morrer de frio do que de calor, o estudo sublinhou que o aumento das temperaturas irá compensar os benefícios de Invernos mais amenos, levando a um aumento líquido significativo da mortalidade relacionada com o calor.

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