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Casa arde no concelho de Mondim de Basto e há aldeias em risco devido aos incêndios em Portugal

ARQUIVO (29/08/2013): Um bombeiro português trabalha para apagar um incêndio florestal perto do Caramulo, no norte de Portugal
ARQUIVO (29/08/2013): Um bombeiro português trabalha para apagar um incêndio florestal perto do Caramulo, no norte de Portugal Direitos de autor  Francisco Seco/AP
Direitos de autor Francisco Seco/AP
De Euronews
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Em Vila Real, onde há vários incêndios ativos, foi detido um homem suspeito de atear fogo, depois de um alerta da população. Há detenções noutras zonas do país.

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No último ponto de situação, às 19h00 de segunda-feira, Bruno Borges, adjunto de Operações da Proteção Civil, voltou a reforçar que o país está em Estado de Alerta e voltou a descrever as restrições em vigor, como a proibição de lançar fogo-de-artifício ou utilizar máquinas em meios florestais.

O adjunto das Operações da ANEPC fez ainda saber que até às 19h00, 101 ocorrências estão em curso, por todo o país, entre elas, o incêndio de Mondim de Basto é o que está a suscitar maior preocupação.

O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Bruno Ferreira, em declarações à Lusa por volta das 17h, disse ter ardido uma casa em Ermelo, numa região onde ainda há três focos de incêndio preocupantes.

"Temos já cerca de 500 hectares de área ardida no nosso concelho, temos duas aldeias confinadas, Pardelhas e Ermelo, e estamos preocupados com os cerca de oito quilómetros de extensão de incêndio que temos neste momento", afirmou.

Mais de 3000 mil operacionais, apoiados por 982 meios terrestres e 13 meios aéreos

Na manhã de segunda-feira, duas aldeias do distrito de Vila Real, no norte de Portugal, chegaram a estar em risco. Este é o segundo dia de estado de alerta devido às altas temperaturas no país. Também há avisos para o cansaço dos bombeiros e para suspeitas de fogo posto, numa semana que se adivinha difícil.

A maior concentração de meios está no distrito de Vila Real, onde há pelo menos seis incêndios ativos. As autoridades estão sobretudo preocupadas com Sirarelhos, onde as chamas deflagram em três frentes diferentes: Pena, Quintã e Vila Cova.

Duas aldeias desta zona, Ermelo e Pardelhas, chegaram em risco durante a manhã desta segunda-feira, mas a situação já foi resolvida.

O comandante das operações em Vila Real, Miguel David, explicou que as condições no terreno e o clima faz com que as chamas rapidamente se aproximam de aldeias.

“Incêndio em montanha, com vento, com bastantes projeções, e que às vezes o sentido de progressão evolui para áreas onde existem aldeamentos ou aldeias, o que nos obriga a fazer reposicionamento de meios”, explicou Miguel David aos jornalistas no local, enquanto anunciava um aumento do número de bombeiros durante a tarde.

Bombeiros exaustos

No princípio da noite de domingo, o presidente da Câmara de Vila Real disse que os bombeiros estão exaustos.

“Está muita gente no terreno, mas estão particularmente exaustos”, disse Alexandre Favaios aos jornalistas. “Acho que é necessário que venham meios que estejam mais frescos, que tenham mais capacidade de ataque porque vamos ter  uma noite particularmente exigente”.

Mesmo asism, o Governo considera que ainda não é necessário acionar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

“Até ao momento ainda não se verificou necessário acionar o mecanismo europeu. Se porventura se vier a verificar a sua necessidade, com toda a certeza que o faremos”, disse o secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, numa entrevista à Sic Notícias.

Ignições suspeitas

O presidente da Câmara de Vila Real também alertou para as ignições em horas diferentes em pontos distintos, dizendo que “existem aqui fatores que certamente não são decorrentes das condições do clima”.

Foi precisamente no distrito de Vila Real que foi detido um suspeito. Segundo a CNN Portugal, os populares avisaram as autoridades depois de terem visto o homem nas imediações de vários fogos.

Também em Mira, no centro do país, a Polícia Judiciária (PJ) deteve um jovem de 22 anos. Segundo o jornal Público, é suspeito de ter ateado quatro incêndios na zona com o recurso a um isqueiro.

Fogo de artifício polémico

O estado de alerta em Portugal, devido às altas temperaturas, vai prolongar-se até esta quinta-feira. Até lá, há várias restrições, incluindo o lançamento de fogo de artifício, algo comum durante as festas populares de verão.

Em Marinhais, no distrito de Santarém, uma das zonas mais quentes do país, a Comissão de Festas decidiu dar contornar a proibição e lançar o fogo de artifício antes do previsto, meia hora antes da entrada em vigor do estado de alerta.

“A Comissão de Festas de Marinhais 2025 comunica que o espetáculo de fogo de artifício previsto para a noite de sábado tem de ser antecipado para as 23h30 (…), acrescentado que estavam ““reunidas as condições de segurança para levar a cabo esse espectáculo”.

A decisão começou por provocar polémica nos media e nas redes sociais. Segundo, a SIC Notícias, a seguir foram mesmo registados cinco focos de incêndio nas proximidades. Os incêndios foram extintos pelos bombeiros de Salvaterra de Magos.

As restrições do estado de alerta também incluem a circulação e a permanência nos espaços florestais, trabalhos com maquinaria e a realização de queimadas. As entidades que fazem parte da proteção civil, como os bombeiros, também devem estar em estado de alerta.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), lançou um aviso vermelho de “valores extremamente elevados de temperatura” para o norte do país (onde está a deflagrar a maior parte dos incêndios). No resto do país, a maioria dos distritos estão com aviso laranja e, esta segunda-feira, as temperaturas máximas devem oscilar entre os 29  e os 40 graus.

Editor de vídeo • Ema Gil Pires

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