Na véspera de uma reunião de urgência dos chefes da diplomacia europeia, ativistas ucranianos deslocaram-se a Bruxelas, esta quarta-feira, para pedir mais sanções contra a Rússia.
Na véspera de uma reunião de urgência dos chefes da diplomacia europeia, ativistas ucranianos deslocaram-se a Bruxelas, esta quarta-feira, para pedir mais sanções contra a Rússia.
O tema vai ser debatido no seguimento do recente ataque dos rebeldes pró-russos à cidade de Mariupol.
“Viemos pedir mais sanções, sanções, sanções!”, disse a ativista Oksana Senyczak. “Sabemos que vão a debater essa possibilidade e viemos exigir ação!”, acrescentou.
Moscovo continua, contudo, a negar interferência nos assuntos internos ucranianos.
Andrei Bystritsky, presidente do Clube Valdai – uma fundação russa dedicada à discussão geopolítica -, disse à euronews estar contra “qualquer endurecimento das sanções, ou sequer que se discuta esse tema”.
“Defendo um diálogo aberto com base na verdade, em informações que sejam verificadas de forma imparcial e intelectualmente honestas”, defendeu Bystritsky.
Como as sanções económicas são de mais difícil consenso, os ministros deverão analisar a inclusão de novos nomes à lista de pessoas com bens congelados e vistos negados.
O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) belga, Didier Reynders, explicou à euronews que “queremos analisar, sobretudo, como é que podemos aumentar a pressão sobre o governo de Moscovo, de forma a que ele use a sua influência na região. A nossa posição tem sido sempre a de pedir o respeito pelo protocolo de Minsk, isto é, garantir a implementação desse acordo”.
Mas a até agora unidade dos 28 países neste tema poderá ser desafiada pela Grécia.
O novo governo de Atenas, saído das eleições de domingo, já disse que não quer o reforço de sanções contra a Rússia e acusa o regime ucraniano de abrigar elementos fascistas.
A reunião dos MNE , na qual Portugal estará representado por Rui Machete, antecede um Conselho Europeu informal, agendado para 12 de fevereiro, em que o conflito na Ucrânia será debatido.
O conflito armado no leste da Ucrânia já fez mais de cinco mil mortos, desde que teve início em abril, segundo dados da ONU.