Registo de Identificação de Passageiros

Desde os ataques terroristas em França, no início do ano, as instituições europeias aceleraram o trabalho para criar um registo de dados de passageiros aéreos.
Os terroristas são muito sofisticados hoje em dia e não fazem voos diretos, optando por fazer escalas. Isso é algo que podemos monitorizar, mas que se está a tornar mais complexo.
O objetivo é controlar movimentos de pessoas relativos a países mais problemáticos do ponto de vista do extremismo islâmico, tais como a Síria o o Iraque.
O eurodeputado conservador britânico Timothy Kirkhope explica que “os terroristas são muito sofisticados hoje em dia e não fazem voos diretos, optando por fazer escalas. Isso é algo que podemos monitorizar, mas que se está a tornar mais complexo. A minha proposta visa ajudar as autoridades a vigiar os passos das pessoas suspeitas”.
O partido dos verdes europeus mostra-se cético sobre a necessidade de guardar mais dados da vida privada dos cidadãos e questiona a utilidade desse registo para travar terroristas.
A eurodeputada holandesa Judith Sargentini afirma que “os atacantes envolvidos no caso Charlie Hebdo, no caso de Toulouse, no caso do Museu Judaico de Bruxelas e no caso de Amesterdão – no qual foi assassinado Theo van Gogh – eram todos conhecidos das autoridades. Porque é que não vigiam essas pessoas em vez de guardarem num computador informações sobre mim e sobre você?”
A correspondente da euronews em Bruxelas, Margherita Sforza, acrescenta que “a aprovação de um registo europeu de passageiros implica o diálogo entre três instituições europeias: Parlamento, Comissão e Conselho dos Estados-membros. Só depois poderá surgir uma proposta que desbloqueie o impasse, mas esse é um processo negocial que ainda vai demorar muito tempo.”