O Ministério da Administração Interna emitiu hoje um comunicado com algumas medidas de contingência para o aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, tendo em conta o agravamento na zona de chegadas a que se tem assistido nos últimos dias.
Desde a entrada em vigor do novo sistema de "Entradas/Saídas" da União Europeia que a situação nas fronteiras no aeroporto de Lisboa tem sido problemática.
Por essa razão o Governo decidiu adotar um conjunto de medidas de contingência para a redução dos tempos nas fronteiras do aeroporto de Lisboa.
Além da deslocação de militares da GNR para reforçar os meios humanos deste serviço, o Governo vai também proceder à "suspensão imediata por três meses da aplicação do sistema informático EES, ao abrigo dos regulamentos europeus", lê-se em comunicado.
No mesmo comunicado, o MAI anunciou que vai aumentar "em cerca de 30% a capacidade de equipamentos eletrónicos (e-gates) e físicos de controlo das fronteiras externas , medida aprovada no Conselho de Ministros de ontem.
7,5 milhões para a PSP
A Polícia de Segurança Pública já confirmou que vai receber nos próximos dias militares da Guarda Nacional Republicana.
“Tendo em conta o elevadíssimo fluxo de passageiros no AHD, a PSP será reforçada nos próximos dias com militares da GNR, reforço esse que a PSP muito agradece”, confirmou à RTP.
No Conselho de Ministros que se realizou ontem, segunda-feira, foi autorizada a esta força policial a despesa, até ao montante de 7,5 milhões de euros, "para a aquisição de hardware (e-gates), software e serviços de manutenção corretiva, entre 2026 e 2028."
A medida foi tomada tendo em conta a necessidade de intervenção urgente do governo na situação das fronteiras aéreas já reportadas há muito pela PSP. No comunicado é também reforçado que a instalação destes novos e-gates será feita de acordo com o máximo suportado pela infraestrutura aeroportuária.
A falta de capacidade e de acompanhamento das infraestruturas do aeroporto nos locais de controlo de partidas e chegadas do aeroporto de Lisboa tem sido uma das principais críticas apresentadas pelas associações sindicais dos trabalhadores das fronteiras.