De visita a um centro de acolhimento de Calais, onde se encontram bloqueados milhares de migrantes, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls
De visita a um centro de acolhimento de Calais, onde se encontram bloqueados milhares de migrantes, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, anunciou, esta segunda-feira, a construção de um acampamento humanitário, que só deverá estar concluído no início de 2016.
Terá cerca de 120 tendas e será cofinanciado pela Comissão Europeia, como clarificou o vice-presidente do executivo comunitário, Frans Timmermans, também de passagem pela cidade francesa, juntamente com o comissário para a Imigração, Assuntos Internos e Cidadania, Dimitris Avramopoulos, e com o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve.
“Vamos colocar à disposição das autoridades francesas até cinco milhões de euros suplementares. Estes novos fundos servirão para erguer um acampamento humanitário para cerca de 1500 migrantes, bem como para apoiar o transporte de requerentes de asilo de Calais para outros destinos em França”, sublinhou Timmermans.
A conferência de imprensa foi interrompida pelo protesto de uma manifestante que denunciou falta de solidariedade europeia na gestão da crise migratória.
O périplo por Calais serviu para deixar uma mensagem de apoio, mas os comissários não visitaram a chamada “Selva de Calais”, onde se encontram acampamentos de imigrantes ilegais. Todos sonham com o dia em que conseguem superar os obstáculos e chegar ao Reino Unido. Até lá, sobrevivem.
Sándor Zsíros, euronews: “Na área de Calais conhecida como ‘A Selva’, a situação humanitária é insuportável. As pessoas que aqui se encontram vivem em piores condições do que num campo de refugiados. As autoridades fizeram, efetivamente, uma grande mudança nos últimos meses. Construíram a vedação que impede que os migrantes subam para os camiões.”