Na última sessão plenária do Parlamento Europeu antes do referendo no Reino Unido sobre a permanência na União, muitos eurodeputados questionam-se sobre o que acontecerá aos colegas britânicos caso ga
Na última sessão plenária do Parlamento Europeu antes do referendo no Reino Unido sobre a permanência na União, muitos eurodeputados questionam-se sobre o que acontecerá aos colegas britânicos caso ganhe a campanha pela saída.
Para o liberal alemão Alexander Graf Lambsdorff “por enquanto, os eurodeputados e o comissário britânicos devem continuar em funções porque representam o interesse pan-europeu, não apenas o interesse britânico”.
O Parlamento Europeu tem 751 membros, dos quais 73 eleitos pelo Reino Unido. Em termos de grupos políticos, 24 pertencem aos independentistas, 20 são do centro-esquerda, 19 são do centro-direita e 10 são de outras formações.
A questão das temáticas que podem ou não ser votadas está naturalmente a ser analisada pelos eurodeputados que seriam afetados.
O britânico Richard Corbett, do centro-esquerda, disse que “provavelmente, a maioria dos eurodeputados britânicos abster-se-ia nas votações sobre temas de impacto no futuro da União, à qual o Reino Unido já não pertenceria. Mas poderíamos votar em temas correntes, tais como o orçamento deste ano, para o qual contribuímos”.
O presidente do Parlamento Europeu considera que há eurodeputados que terão mais pressa de deixar o trabalho do que outros, conforme o grau de apoio ao projeto europeu.
Martin Schulz disse que “alguns deles, mais ansiosos por saírem – como é, talvez, o caso dos membros do Partido da Independência do Reino Unido, que não vêem a hora de se poderem ir embora – presumo que sairiam imediatamente e que não regressariam ao Parlamento Europeu”.
Schulz tem sido uma das vozes de alerta sobre o possível efeito dominó, com mais Estados-membros a pedirem um referendo se o Reino Unido deixar a União. A câmara europeia poderia, então, encolher ainda mais.