Cinco mil protestaram contra fecho da Caterpillar na Bélgica

Cinco mil protestaram contra fecho da Caterpillar na Bélgica
De  Isabel Marques da Silva
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Cerca de cil mil pessoas manifestaram-se na pequena cidade de Charleroi, no sul da Bélgica, esta sexta-feira, em solidariedade com os dois mil trabalhadores da Caterpillar que estão em risco de perder

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“Dois dias depois do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, ter dito que queria uma Europa mais social, milhares de pessoas manifestaram-se na pequena cidade de Charleroi, no sul da Bélgica, em solidariedade com os dois mil trabalhadores da Caterpillar que estão em risco de perder os seus empregos”, explica Efi Koutsokosta.

A jornalista da euronews falou com alguns dos cinco mil manifestantes contra o encerramento da fábrica de Gosseliers, nos arredores da cidade.

Sobre a promessa de Juncker, um deles disse que “a Europa social seria uma coisa boa, mas os patrões teriam de receber menos benefícios. Na Bélgica, as multinacionais têm cada vez mais dividendos, mas nós nunca recebemos nada em troca”.

O encerramento da unidade de fabrico de maquinaria pesada foi anunciado no início de setembro, sendo que uma parte da produção poderá vir a ser transferida para Grenoble, em França.

“Convido-o a partilhar uma jornada dos trabalhadores”, disse outro manifestante em relação à promessa de Juncker.

“Ele pode falar sobre o social quando falar com os trabalhadores e ver o que se passa em cada dia. Se não passar pelo menos uma jornada, na atual situação em que nos encontramos, não pode dizer nada, porque não sabe nada”, acrescentou.

Outro participante referiu que “a Europa vai muito mal, veja o que a austeridade provocou. Está tudo errado e toda a gente vai perder o emprego. Desde o início de setembro até hoje perdemos quatro mil empregos na Bélgica”.

Cerca de 1400 postos de trabalho já tinha sido cortados nesta fábrica, em 2013, como parte de uma “reestruturação industrial”.

Em julho, a Caterpillar apresentou resultados mais baixo, mas disse que seus esforços de reestruturação vão dar frutos. A multinacional norte-americana diz estar a reagir à crise no setor de mineração e ao fraco crescimento económico global.

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