PAC: Ministros da agricultura europeus cautelosos com cortes

PAC: Ministros da agricultura europeus cautelosos com cortes
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De  Gregoire LoryIsabel Marques da Silva
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Os ministros da Agricultura europeus mostraram-se muito cautelosos com as propostas de reforma da Política Agrícola Comum, durante uma reunião informal, na Bulgária. Em causa está a proposta da Comissão Europeia de cortar 5% nas verbas para o setor, no próximo orçamento comunitário plurianual.

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Os ministros da Agricultura da União Europeia mostraram-se muito cautelosos com as propostas de reforma da Política Agrícola Comum (PAC), apresentadas pela Comissão Europeia, que prevê cortar 5% das verbas para o setor no próximo orçamento plurianual.

"É um esforço muito grande que está a ser pedido a vários países", disse Denis Ducarme, ministro da Agricultura da Bélgica, antes de uma reunião informal, na Bulgária, na terça-feira.

"O temor maior é que a agricultura esteja a ser vista como a área que melhor permite fazer ajustes no orçamento europeu e isso será difícil de aceitar", acrescentou.

Portugal é um dos países mais críticos desses cortes, mas também há críticas das organizações ambientalistas, tais como a Greenpeace.

Neste caso, o argumento é que os 365 mil milhões de euros são destinados, sobretudo, às grandes explorações, que contribuem muito para a poluição.

"A Comissão Europeia abandonou a sua responsabilidade de proteger os cidadãos e o ambiente da União Europeia porque deu ao Estados-membros uma enorme margem de manobra, sem definir regras e limites claros que os impeçam de causar danos ao meio ambiente e, até mesmo, à saúde humana", disse, à euronews, Marco Contiero, especialista em política agrícola na delegação da Greenpeace, em Bruxelas.

Já a Comissão Europeia contra-argumenta que vai exigir maiores cuidados com o ambiente por parte dos agricultores e apostas na inovação tecnológica.

Um pouco à semelhança do que se faz numa exploração belga visitada pelo correspondente da euronews, Grégoire Lory, onde três robôs ajudam na criação de vacas leiteiras.

"A utilização da robótica não é uma forma de industrialização agrícola, muito pelo contrário. Os animais estão muito mais calmos, alimentam-se ao seu ritmo, movimentam-se quando querem, vão até ao robô alimentarem-se quando querem. Não há stress na vacaria e isso está bem à vista", explicou a proprietária, Cindy Rabaey.

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