As difíceis condições de trabalho dos jornalistas no sudeste da Europa e na Turquia estão em destaque numa exposição fotográfica, em Bruxelas. A UNESCO apoia o projeto, simbólico de uma tendência global preocupante no que toca à liberdade de imprensa.
"Criar confiança na imprensa no sudeste da Europa e na Turquia" é o título de uma exposição fotográfica, em Bruxelas, que chama a atenção para as difíceis condições de trabalho dos jornalistas naquelas regiões.
A UNESCO (agência das Nações Unidas) apoia o projeto, simbólico de uma tendência global preocupante.
"Em alguns países, os jornalistas ganham apenas 200 euros por mês, não têm contratos estáveis, são trabalhadoras independentes e nem sempre têm acesso à segurança social. É importante realçar que tudo isto tem um impacto sobre o seu trabalho e sobre a liberdade de expressão", disse à euronews, Adeline Hulin, representante da UNESCO em Bruxelas.
O relatório da UNESCO revela que foram mortos 79 jornalistas, em 2017, a nível mundial, e que muitas centenas estão na prisão.
A Turquia é o país do mundo que recentemente condenou mais jornalistas a penas de prisão, sobretudo desde o golpe de estado falhado, em 2016.
"Temos dois projetos na Turquia. Apoiamos o sindicato e a associação de jornalistas para os capacitar em termos de resistência. É muito difícil, mas temos que estar pressentes, nomeadamente durante os julgamentos, para mostrar solidariedade internacional", referiu, à euronews, Renate Schroeder, diretora da Federação Europeia de Jornalistas.
Uma jornalista de investigação do Montenegro foi ferida a tiro no início de maio, sendo um dos mais recentes casos na Europa. Em fevereiro, um jornalista da Eslováquia foi assassinado (juntamente com a namorada) e, em outubro de 2017, uma jornalista de Malta foi vítima mortal de uma bomba.