Os drones de utilização civil estão a ser subaproveitados em casos de emergência, por falta de harmonização da legislação europeia.
Usámos os drones para produzir modelos de duas dimensões, panorâmicos, que permitiram identificar outros alvos
Bombeiro italiano
Os drones de utilização civil estão a ser subaproveitados em casos de emergência, por falta de harmonização da legislação europeia.
Um exercício dos bombeiros de Bruxelas demonstrou a utilidade na resposta a um incêndio urbano, com a incorporação de uma câmara térmica.
"Isto permite-me ver que ainda há uma vítima dentro da sala e isso é extremamente importante. Estes dados permitem ao comandante atribuir recursos a diferentes áreas do incidente", explicou à euronews Romeo Durscher, diretor de Segurança Pública na empresa de drones DJI.
A cidade belga foi placo de uma conferência sobre o potencial dos drones em operações de salvamento e controlo de danos, como as levadas a cabo pelos bombeiros. Um caso recente foi a resposta ao colapso de uma ponte na cidade italiana de Génova.
"Usámos os drones para produzir modelos de duas dimensões, panorâmicos, que permitiram identificar outros alvos onde poderíamos intervir. Assim pudémos otimizar o planeamento das operações de resgate", referiu Onofrio Lorusso, bombeiro italiano.
A inovação nesta área exige harmonização da legislação em todos os membros da União Europeia. O processo está em curso ao nível do Parlamento Europeu e terá de ser aprovado pelo Conselho Europeu, que reúne os governos dos 28 países.
"Muitas empresas deste setor a operar no espaço da União Europeia têm produtos e soluções que ainda não podem comercializar. Logo que a nova legislação esteja pronta, haverá mais oportunidades de desenvolvimento na indústria e ao nível comercial", afirmou Munish Khurana, gestor na Eurocontrol.
Os agentes do setor estimam que possam ser criados mais 150 mil postos de trabalho até 2050 para dar resposta à procura.