Igreja salvou família da deportação na Holanda

Igreja salvou família da deportação na Holanda
De  Isabel Marques da SilvaElena Cavallone
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Igreja salvou família da deportação na Holanda

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Conhecida por uma postura histórica de abertura a refugiados, o governo liberal da Holanda decidiu reduzir em 30% as vagas para asilo político.

Mas uma família arménia foi salva da deportação após 96 dias de vigília numa igreja da cidade de Haia, levada a cabo por ativistas, políticos e vizinhos da família.

“Muitas pessoas que vieram não eram crentes, outras sim. Penso que em causa estava mostrar ter bom coração, fazer caridade, mostrar amor pelos outros, como a igreja nos diz para fazer. Decidi participar nesta iniciativa porque defendo que todas as crianças devem receber proteção. Essa foi a razão que levou outras pessoas a se juntarem", explicou à euronews, Isolde Verburgt, vizinha da família em causa.

Em 2010, o casal, que tem três filhos, pediu asilo alegando que receberam ameaças de morte por causa do ativismo político.

À falta de alternativa para travar a ordem de deportação depois de o processo ter resultado numa resposta negativa, a igreja protestante decidiu proteger a família usando uma lei medieval que impede as autoridades de entrar em igrejas durante os serviços religiosos.

“Sempre dissemos ao governo que não os queremos substituir no seu trabalho porque têm a sua própria responsabilidade. Mas queremos cooperar e refletir com eles. Temos as nossas próprias regras e devemos cuidar destas pessoas e amarmos o próximo. Estamos decididos a fazê-lo e nunca vamos desistir”, explicou, à euronews, Theo Hettema, presidente do Conselho da Igreja Protestante de Haia.

Outros 700 dossiês foram reavaliados depois deste caso, mas o governo holandês está a ponderar acabar com o programa "Perdão das crianças", ao abrigo do qual é concedido asilo à família de crianças que vivem no país há pelo menos cinco anos.

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