O anúncio da candidatura de Donald Trump para mais quatro anos na Casa Branca não gera entusiasmo na Europa.
O anúncio da candidatura de Donald Trump para mais quatro anos na Casa Branca não gera entusiasmo na Europa. Presidente dos EUA chegou a classificar os europeus de "inimigos".
Guy Verhofstadt, líder do grupo liberal no Parlamento Europeu, escreveu no Twitter: "Os Estados Unidos já foram líderes do mundo livre, mas precisam de um presidente que resista a fanáticos, em vez de espalhar seu ódio".
Mas o analista político Peter Chase disse à euronews que pode haverá uma viragem para melhor por parte de Trump.
"Se ele continuar no mesmo caminho, deliberadamente pressionando os europeus de forma agressiva, que causa desconforto - algo a que estes não estavam acostumados -, é bem possível que nos próximos quatro anos o relacionamento seja muito mais difícil", disse o analista do centro de estudos The German Marshall Fund of the US, em Bruxelas.
"Mas há uma coisa que os europeus deveriam ter em mente: quando George W. Bush hanhou o segundo mandato teve uma política muito diferente do primeiro, em particular no que se referiu à relação com a União Europeia. Portanto, não é impossível que o Trump também possa fazer uma mudança", acrescentou.
As relações transatlânticas foram ficando cada vez mais tensas, sobretudo depois dos EUA abandonarem o acordo nuclear com o Irao.
As recentes tensões com petroleiros no Golfo Pérsico fazem temer o fim daquela que foi uma das grandes conquistas da diplomacia europeia dos últimos anos: evitar que o Irao se tornasse uma potência nuclear.
As ameaças e algumas ações concretas nas relações comerciais também foram um rude golpe.
Depois do aumento das tarifas sobre alguns metais, continua a pairar a ameaça de fazer o mesmo no setor automóvel, um dos mais importantes para a economia europeia.