Eurodeputados reagem à eleição de Boris Johnson
A Comissão Europeia está preparada para receber o novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, mas não vai alterar a sua posição de fundo sobre não haver disponibilidade para renegociar o acordo de saída do Reino Unido da União Eurpeia.
"Um Brexit sem acordo seria uma tragédia para ambos os lados, não apenas para o Reino Unido", disse Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão.
O Brexit está maracdo para 31 de outubro e até lá Boris Johnson terá de fazer passar o acordo no Parlamento britânico.
Na casa da democracia comunitária, em Bruxelas, não se espera um prolongamento do processo.
"Penso que Johnson tem a vantagem de não se importar com um Brexit automático, caso não aconteça nada de novo. 31 de outubro é a data para a saída da União e espero que ainda possamos, de alguma forma, trabalhar com ele", referiu Damian Boeselager, eurodeputado ecologista alemão.
"Eu só não quero ver outra repetição de 29 de março de 2019, porque o partido Brexit está a preparar-se para esta saída", disse Lucy Harris, eurodeputada eurocética britânica.
"Sabemos que, para ele, pontos de vista ideológicos ou políticos não são importantes. Para ele, dar espetaculo é o que conta", afirmou Andreas Schieder, eurodeputado socialista austríaco.
"Ele tem sido consistente na sua posição, é enérgico, é uma pessoa carismática. Penso que sabe bem o que quer fazer, é um patriota britânico e conhece Bruxelas muito bem", considerou Zdzisław Krasnodębski, eurodeputado conservador polaco.
Boris Johnson também conhece muito ben Michel Barnier, negociador-chefe da União Europeia para o Brexit, que disse estar desejoso de trabalhar como o novo líder de Londres.
Depois da saída, há muito que negociar sobre a futura parceria priveligiada.