O presidente do Partido Popualr Europeu, DonaldTusk, considera imoral o poder obtido pelo primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, para lidar com a pandemia da Covid-19. Tusk gostaria que o partido Fidesz, liderado por Orbán, fosse expulso daquela família de partidos europeus de centro-direita.
Deixou o cargo de presidente do Conselho Eurpeu, há poucos meses mas, no cargo de presidente do Partido Popular Europeu (PPE), Donald Tusk continua a batalha contra a deriva autoritária em alguns Estados-membros da União Europeia, no caso a Hungria.
Numa carta, escreveu que muitos membros do PPE - que reúne os partidos de centro-direita europeus - estavam contra a expulsão do partido Fidezs, liderado pelo primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, mas que, em breve, terão de "reconsiderar essa posição".
Tusk considerou "imorais" as medidas extraordinárias tomadas por Orbán para lidar com a pandemia da Covid-19.
O primeiro-ministro húngaro ficou com poder praticamente absoluto, e sem limite temporal, depois de aprovada, esta segunda-feira, nova legislação sobre o estado de emergência no país, que tem das mais baixas taxas de infeção por Covid-19 na União Europeia.
O processo para a expulsão do Fidesz do PPE arrasta-se há muito tempo, mas poderá ter chegado o momento do centro-direita decidir se este partido respeita os valores democráticos e os princípios da União Europeia.