Comissão Europeia critica Hungria por encerrar fronteiras

A Comissão Europeia criticou o governo da Hungria pela decisão de impedir a entrada a todos os estrangeiros a partir de 1 de setembro.
O executivo europeu recordou, esta segunda-feira, que combater a pandemia deve ser feito de forma coordenada e ponderada.
"Há muito que enfatizamos a necessidade de substituir as restrições gerais à livre circulação por medidas mais direcionadas e que são limitadas no tempo ou no âmbito geográfico. Por exemplo, aplicar apenas restrições a visitantes oriundos de zonas específicas", disse a porta-voz Vivian Loonela.
Desde julho que há diretrizes para coordenar o encerramento de fronteiras na União Europeia, mas o governo de Budapeste alega que a Hungria tem tido bons resultados por ser mais restritiva e enjeita criticas como as de Sophie in't Veld, eurodeputada liberal neerlandesa.
"Não sei qual é a justificação para o encerramento de fronteiras que está em acentuado contraste com as ações do próprio primeiro-ministro Viktor Orbán, que se reuniu com o homólogo da Eslovénia, de forma muito próxima, apertando as mãos e sem usar máscara. Talvez o encerramento da fronteira seja apenas mais uma provocação contra a União Europeia e Orbán deve analisar se quer que o seu país continue a ser um Estado-membro porque o membro de uma equipa respeita as regras do jogo", disse a eurodeputada em entrevista à euronews.
Os cidadãos húngaros que chegam do estrangeiro devem fazer quarentena ou ter dois testes negativos à Covid-19 no espaço de 14 dias.