Oposição bielorussa forte candidata ao prémio Sakharov

Oposição bielorussa forte candidata ao prémio Sakharov
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De  Isabel Marques da Silva  & Joanna Gill

Além de aprovar uma resolução que apela a sanções contra o regime de Lukashenko, o Parlamento Europeu demonstrou solidariedade para com os líderes da oposição, tendo três bancadas proposto que estes sejam nomeados para o Prémio Sakharov de Liberdade de Pensamento, que será atribuído em dezembro.

Os eurodeputados aprovaram, quinta-feira, uma resolução na qual apelam à repetição das eleições na Bielorrússia e pedem aos governos dos Estados-membros da União Europeia para aprovarem sanções contra o regime, incluindo contra o presidente Aleksander Lukashenko.

A maioria dos parlamentares, reunidos em sessão plenária, em Bruxelas, defenderam que empresas e indivíduos devem ser alvo do congelamento de ativos e interdição de entrada na União.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, já tinha garantido, terça-feira, que o pacote estaria pronto antes da cimeira de chefes e Estado e de governo da União, na próxima semana.

O Parlamento Europeu também demonstrou solidariedade para com os líderes da oposição, tendo três bancadas proposto que estes sejam nomeados para o Prémio Sakharov de Liberdade de Pensamento, que será atribuído em dezembro.

"Penso que devemos ouvir com muita atenção o que a oposição bielorrussa tem a dizer, em particular um grupo muito impressionante de mulheres . Não é nenhuma surpresa que também apoie a nomeação da oposição bielorrussa para o prémio Sakharov do Parlamento Europeu", disse David McAllister, eurodeputado alemão de centro-direita e presidente da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros, em entrevista à euronews.

Com um apoio tão amplo, é quase certo que figuras como Svetlana Tikhanovskaya, agora no exílio na Lituânia, país que pertence à União Europeia, venham a ser galardoadas.

O prémio foi criado, em 1988, em homenagem ao dissidente e cientista soviético Andrei Sakharov e recompensa personalidades que contribuem para a luta pela democracia e pelos direitos humanos com um diploma e 50 mil euros.

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