Redução de emissões poluentes deverá ser contestada no leste

A Comissão Europeia explicou, quinta-feira, os detalhes da estratégia mais ambiciosa para travar as alterações climáticas, através de Frans Timmermans, vice-presidente executivo, em conferência de imprensa, em Bruxelas.
"A meta de reduzir as emissões poluentes em pelo menos 55% até 2030 vai permitir-nos, e aos nosso filhos,, encontrar o caminho para atingir a neutralidade dessas emissões. A meta dá mais confiança aos investidores e estabelece um calendário claro para os setores que terão de fazer a transição energética", disse Frans Timmermans.
No discurso sobre o Estado da União, na véspera, a presidente do executivo europeu, Ursula Von der Leyen, disse que em vez de apenas 40%, como está em vigor, a redução dos gases com efeito de estufa deve ser de 55%, na comparação com o nível de emissões registado em 1990.
A União Europeia tenta cumprir, assim, os objetivos do Acordo de Paris, que visa travar o aquecimento global.
Na prática, serão financiados projetos nas áreas da habitação, transportes, energias renováveis e reflorestação, entre outras, com ajuda do novo orçamento da União para os próximos sete anos.
“Financeiramente existe um respaldo, economica e tecnologicamente é viável fazê-lo em toda a União. Penso que foi uma mensagem muito clara de que os países que enfrentam maiores desafios nesta área também poderão cumprir a meta", afirmou Klaus Röhrig, ambientalista na Rede de Ação Climática Europeia.
Contudo, os Estados-membros mais dependentes do carvão como fonte de energia, nomeadamente os do leste europeu, e em particular a Polónia, deverão opor-se à nova meta.
Esses governos já consideram a atual meta um desafio muito grande e com um impacto negativo nas suas economias, com dificuldade em se adaptarem num prazo tão curto.