CoE alerta que pandemia faz aumentar riscos de corrupção

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De  Isabel Marques da Silva
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O relatório de 2020 revela que apenas cerca de 40% das recomendações do GRECO foram implementadas pelos Estados-membros para prevenir crimes de corrupção envolvendo procuradores, juízes e membros do parlamento.

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Os governos devem intensificar as medidas para prevenir os riscos crescentes de corrupção decorrentes da Covid-19, alertou o Grupo de Estados contra a Corrupção (GRECO) órgão anticorrupção do Conselho da Europa (CoE), em Estrasburgo, que publicou, quinta-feira, o relatório de 2020.

As injeções de capital através de fundos europeus e empréstimos, para enfrentar o impacto económico da pandemia, são uma tentação e o presidente do GRECO, Marin Mrčela, disse à euronews que mecanismos de transparência, supervisão e responsabilidade têm que ser melhor implementados.

“Quando há grandes somas de dinheiro a serem desembolsadas rapidamente, concursos públicos em grande escala, número insuficiente de vacinas e novidades, como a que foi apresentada há alguma semanas sobre o certificados de vacinação, é muito importante ter aqueles três critérios em mente”, explicou Marin Mrčela.

40% de implementação de recomendações

O relatório de 2020 revela que apenas cerca de 40% das recomendações do GRECO foram implementadas pelos Estados-membros para prevenir crimes de corrupção envolvendo procuradores, juízes e membros do parlamento.

Marin Mrčela lembrou que em alguns Estados-membros existem "tentativas conspícuas" por parte dos poderes executivo ou legislativo para minar a independência do poder judicial.

“Penso que mencionamos os exemplos da Polónia, Hungria, Bulgária e Rússia e temos vários países onde o colégio do conselho judicial é composto por membros do executivo ou políticos. Nesses países precisa também a vontade política de investigar, processar e julgar casos", afirmou o presidente do GRECO.

O órgão considera "particularmente preocupante" que alguns governos não cooperem com relação a informações sobre leis de liberdade de informação, lóbi, conflito de interesses e passagem direta de pessoas do setor público para o setor privado.

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