Líderes europeus reúnem-se em cimeira em Bruxelas

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Direitos de autor OLIVIER HOSLET/AFP
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Da agenda do encontro que arranca esta quinta-feira constam temas como a pandemia de Covid-19, a recuperação económica, migração e relações externas, incluindo as relações com a Turquia e a Rússia

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Reunidos em Bruxelas, a partir desta quinta-feira, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia deverão confirmar a manutenção do apoio financeiro à Turquia para travar o fluxo de refugiados e migrantes.

De acordo com fontes diplomáticas, poderá estar em cima da mesa a possibilidade de Ancara receber mais três mil milhões de euros até 2024.

O país acolhe três milhões de refugiados o que qualifica o território para a recepção assistência, no entender da chanceler alemã Angela Merkel.

Mas o debate não se adivinha fácil tal como a questão da modernização da União Aduaneira com a Turquia.

"Poderemos ver algum progresso no financiamento para refugiados sírios. Será difícil, mas poderemos ver isso. Mas, quanto ao resto, vejo uma política de ver para crer contrária ao que a liderança turca disse nos últimos dias, mencionando, por exemplo, que a União Aduaneira deve existir sem pré-condições. E, claro, há uma pré-condição do Estado de direito porque as empresas europeias, quer se trate de traders, investidores ou banqueiros, querem conhecer as regras do jogo", referiu, em entrevista à Euronews, Marc Pierini, to "think-tank" Carnegie Europe.

O menu do jantar dos chefes de Estado e de Governo adivinha-se pesado uma vez que está igualmente prevista uma ampla discussão sobre a relação estratégica com a Rússia.

Nos últimos anos, a Turquia aliou-se à Rússia com a aquisição de mísseis de defesa, o que significa uma coisa simples.

"Esta é uma grande mudança geopolítica, que obrigou e está a obrigar os membros da NATO, europeus e os EUA a renovar os acordos de segurança no leste do Mediterrâneo e no Mar Negro. O que estamos a ver é uma nova instalação da Força Aérea dos EUA na Roménia, uma nova Força Aérea dos Estados Unidos e instalações navais ampliadas na Grécia, novas vendas de armas dos Estados Unidos e de França. Há uma mudança, que é uma resposta direta à atitude russa", acrescentou Pierini.

Mas os líderes europeus querem deixar Bruxelas com uma mensagem positiva, que celebre o regresso das viagens. Ainda que persistam preocupações sobre o impacto que as novas variantes da Covid-19 podem ter na recuperação.

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