Ministros europeus da Justiça discutiram esta segunda-feira formas de coordenarem esforços para o acolhimento de refugiados
Ministros europeus da Justiça estão a coordenar esforços a fim de lidarem com milhões de refugiados da Ucrânia que procuram abrigo nos estados-membros da UE.
As prioridades para as crianças e mulheres são o alojamento e cuidados médicos e psicológicos.
Acresce ainda a necessidade de proteger mulheres e crianças desacompanhadas e vulneráveis ao tráfico de menores.
"Temos cada vez mais informações de organizações da ONU no terreno, especialmente em estados-membros da UE, que dizem notar movimento suspeito de viaturas que transportam mulheres e crianças. Foi por isso que ativámos a rede coordenada antitráfico que temos à disposição" disse Ylva Johansson, Comissária Europeia para os Assuntos Internos.
Por enquanto, quase quatro milhões de pessoas fugiram da Ucrânia. A maioria, cerca de 2,2 milhões, encontram-se na Polónia.
Outros países que acolheram ucranianos foram a Roménia (595,868 ), a Moldávia (383,627), a Hungria (354,041) e a Eslováquia (275,439).
Entre os temas discutidos esta segunda-feira conta-se o desafio financeiro e quais os fundos europeus que podem ser partilhados para apoio aos países afetados à medida que é necessária liquidez.
Ao abrigo da Diretiva Europeia de Proteção Temporária, os refugiados têm direito a residência temporária incluindo a autorização de trabalho, alojamento, assistência médica e educação.
No entanto, há refugiados particularmente vulneráveis com necessidades específicas.
"O que é necessário em paralelo é que os países europeus aumentam significativamente as capacidades de receção de forma a garantir que todos aqueles que chegam, incluindo famílias e crianças possam ter acesso a alojamento adequado para crianças e mulheres. Estas pessoas precisam igualmente de acesso a serviços básicos de apoio social e psicológico. As crianças desacompanhadas precisam de acesso a redes de acolhimento" defende a especialista da Oxfam em migrações na UE.
Alguns países estão atingir o limite relativamente a quantos refugiados podem acolher.
A Comissão Europeia está a ultimar a criação de uma plataforma europeia para o registo de refugiados permitindo aos países coordenarem melhor as várias necessidades e exigências.