6,4 mil milhões de euros para apoiar futuro da Síria e região

Sexta Conferência de Bruxelas foi subordinada ao tema "Apoiar o futuro da Síria e da região"
Sexta Conferência de Bruxelas foi subordinada ao tema "Apoiar o futuro da Síria e da região"   -  Direitos de autor  Olivier Matthys/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
De  Alberto De Filippis

VI Conferência de Bruxelas reuniu doadores da comunidade internacional, União Europeia promete disponibilizar 1,5 mil milhões de euros

Em tempo de guerra, a sexta Conferência de Bruxelas voltou a reunir doadores da comunidade internacional dispostos a apoiar a Síria e os países vizinhos que acolhem a maioria dos refugiados sírios (Jordânia, Líbano, Turquia, Egito e Iraque). Ao todo, arrecadaram-se 6,4 mil milhões euros.

A União Europeia, que continua a ser o maior doador, prometeu disponibilizar 4,8 mil milhões de euros (3,1 mil milhões da Comissão Europeia e 1,7 mil milhões dos Estados-membros), para ajudar a mitigar o impacto de um conflito que se arrasta no país desde 2011.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, falou num dever moral: "na Síria, 90% da população vive abaixo do limiar da pobreza. 90% significa quase toda a gente, exceto Bashar al-Assad e o seu bando. 90% do povo sírio vive na pobreza e 60% sofre de má nutrição e muitas vezes nem sabe o que vai comer."

Este ano, participaram na conferência 55 países, dispostos a dar a mão à Síria.

Mas o problema, disse à Euronews a ativista, Sawsan Abou Zainedin, da organização não governamental Syria Resource Group, é que parte do dinheiro prometido em anos anteriores não chegou aos sírios: "a ajuda melhorou as condições ou contribuiu para melhorar a situação em vários aspetos, mas também contribuiu para padrões perigosos no terreno. Vimos a ajuda contribuir para violações de direitos humanos, para consolidar as divisões existentes. Também faz parte da economia de conflito, de uma forma ou de outra, porque foi submetida a desvios e uso indevido por parte de certos atores no terreno."

A Rússia não foi convidada para a conferência de doadores, ensombrada pela guerra na Ucrânia.

Para a União Europeia, e por causa da situação na Ucrânia, o papel de Moscovo até agora não tem sido de pacificador.

No ano passado a conferência mobilizou 6,1 mil milhões de euros de ajuda.

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