Veja: quatro rotas para exportar cereais da Ucrânia em plena guerra

A comunidade internacional enfrenta um desafio com consequências potencialmente fatais: como tirar 20 milhões de toneladas de cereais da Ucrânia antes que a fome varra o mundo.
A Ucrânia, muitas vezes apelidada de celeiro da Europa, é um grande exportador de trigo, milho, cevada e óleo de girassol, produtos alimentares essenciais para muitos países em desenvolvimento.
Antes de a Rússia iniciar a ofensiva no país, a Ucrânia conseguia exportar até 6 milhões de toneladas de grãos por mês, a maioria dos quais era expedida a partir do porto de Odessa.
Mas o acesso ao Mar Negro está, agora, completamente bloqueado por causa da presença da marinha russa, cortando efetivamente a principal rota comercial da Ucrânia.
As exportações do país caíram drasticamente, enquanto o armazenamento está quase na capacidade máxima. A perda repentina de produtos ucranianos fez disparar os preços dos alimentos para níveis recorde, colocando os países de baixos rendimentos sob grande pressão financeira e aumentando o receio de novas vagas migratórias.
A guerra "ameaça levar dezenas de milhões de pessoas à insegurança alimentar, seguida de desnutrição e fome em massa, numa crise que pode durar anos", alertou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
A União Europeia e os EUA, em coordenação com as Nações Unidas, estão agora a trabalhar em planos para retirar 20 milhões de toneladas de cereais da Ucrânia até o final de julho, para libertar espaço para a colheita de verão.
As quatro opções em cima da mesa envolvem Odessa, Roménia, Polónia e Bielorrússia. Mas todas as rotas apresentam riscos de segurança significativos e envolvem operações de logística complexas.
O presidente russo Vladimir Putin expressou a vontade de cooperar, mas apenas se as sanções ocidentais forem levantadas.
Veja o vídeo acima para conhecer as quatro maneiras de exportar cereais da Ucrânia em plena guerra.