Divisões sobre medidas e omissões no discurso sobre o Estado da União

Os eurodeputados vão co-decidir as propostas legislativas que chegarão da Comissão Europeia
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De  Isabel Marques da SilvaChristopher Pitchers
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Divisões sobre medidas e omissões no discurso sobre o Estado da União

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As propostas para lidar com a crise energética no discurso sobre o Estado da União Europeia (UE) foram muito aplaudidas. A presidente da Comissão Europeia insistiu em criar taxas de solidariedade e fixar tetos para preços nas empresas energéticas.

Curiosamente, o líder do grupo de centro-direita, a que Ursula von der Leyen pertence, criticou o excesso de centralismo.

"Conseguem imaginar que um imposto e preços máximos sejam decididos pelos governos sem uma votação em cada parlamento nacional? Para nós seria um problema democrático. Mas agora temos em cima da mesa propostas nesse sentido na Europa e tal não deveria ser visto como normal a nível europeu", disse o eurodeputado alemão Manfred Weber.

Sanções à Rússia para manter

Quase todos os eurodeputados presentes na sessão plenária de querta-feira, em Estrasburgo (França), manifestaram solidariedade para com a Ucrânia. A proposta para manter as sanções contra a Rússia agradou à maior parte.

"Seria completamente absurdo mudar a nossa direção quando vemos concretamente, no terreno, os primeiros resultados das sanções e o início do fracasso da estratégia de Putin. Devemos continuar no bom caminho porque não se trata apenas de preços e de euros, trata-se também de democracia", afirmou Pascal Canfin, eurodeputado liberal francês.

Estado de direito na UE

Apesar de Ursula von der Leyen ter mostrado preocupação com o Estado de direito e a corrupção na UE, os verdes consideraram que não foi suficientemente clara.

"Penso que a questão do Estado de direito na UE, e a maneira de enfrentar o que se passa em países como a Hungria e a Polónia, esteve muito ausente no discurso de Ursula von der Leyen. Esperávamos uma proposta mais forte sobre a defesa dos direitos fundamentais devido ao que está a acontecer, por exemplo, com a nova proposta para restringir os direitos ao aborto na Hungria. Estamos extremamente preocupados", comentou Ernest Urtasun, eurodeputado espanhol.

O Parlamento Europeu será chamado a co-decidir várias propostas, incluindo as apresentadas para reforçar a independência energética e a autosuficiência industrial da União.

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