Croácia, Roménia e Bulgária "devem fazer parte" do espaço Schengen

Ylva Johansson, comissária europeia para os Assuntos Internos, fez a recomendação
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De  Christopher PitchersIsabel Marques da Silva
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A decisão terá de ser tomada por unanimidade pelo Conselho Europeu - que reúne os 27 chefes de Estado e de governo -, em princípio até ao final do ano.

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A Bulgária, a Croácia e a Roménia reúnem as condições para entrar no espaço Schengen de livre circulação de pessoas, bens e serviços; disse a Comissão Europeia, quarta-feira, em conferência de imprensa. 

Enquanto que o caso da Croácia é mais unânime entre os governos da União Europeia, os outros dois países suscitam mais dúvidas, mas o executivo comunitário recomenda aos líderes que deixem os três países aderirem.

"Os três países estão prontos para aderirem. Tanto a Bulgária como a Roménia convidaram a Comissão Europeia para uma missão de averiguação numa base voluntária, na qual participaram 17 Estados-membros, várias agências e a Comissão. Foram analisados os pormenores em ambos os países e a avaliação é de estão prontos, além de que aumentaram o nível de cumprimento dos critérios Schengen", disse Ylva Johansson, comissária europeia para os Assuntos Internos, em declarações à euronews.

Entre as questões em que incidiu a avaliação estão, em particular, a gestão fronteiriça reforçada e uma melhor cooperação policial internacional.

Unanimidade é necessária

Há, no entanto, preocupações em alguns países, nomeadamente nos Países Baixos, sobre se foi feito o suficiente para controlar o crime organizado.

Outro desafio é a migração irregular através da rota dos Balcãs Ocidentais, uma das principais vias de entrada ilegal na União Europeia.

"É evidente que ter estes três países fora do espaço Schengen não resolveu o problema. O que fazer para resolver o número crescente de chegadas irregulares através das rotas dos Balcãs Ocidentais? Será que são necessárias outras medidas? Foi aí que decidimos dialogar com os parceiros dos Balcãs Ocidentais para que se alinhassem com a nossa política de vistos, e já estamos a ver isso acontecer na Sérvia, o que é importante", explicou a comissária Johansson.

A decisão terá de ser tomada por unanimidade pelo Conselho Europeu - que reúne os 27 chefes de Estado e de governo -, em princípio até ao final do ano.

Se os três países entrarem, o espaço Schengen passará a ter 29 membros, incluindo alguns que não pertencem à União Europeia: Noruega, Islândia, Suíça, Lichenstein. O espaço inclui também três micro-Estados europeus - Mónaco, São Marino e Cidade do Vaticano - que mantêm fronteiras abertas ou semi-abertas com outros países membros de Schengen.

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