O território ultramarino francês tem sido abalado por confrontos e pilhagens há mais de uma semana por causa de uma reforma do sistema eleitoral proposta por Paris.
O Presidente francês Emmanuel Macron está a caminho da ilha da Caledónia do Norte, no Pacífico, onde se espera que chegue na quinta-feira.
O governo francês informou que o primeiro-ministro Gabriel Attal também se deslocará à ilha nas próximas semanas.
Seis pessoas foram mortas, incluindo dois polícias, e centenas ficaram feridas durante os recentes confrontos armados, pilhagens e incêndios criminosos na Nova Caledónia.
Os distúrbios começaram a 13 de maio, quando o Governo francês discutia alterações à Constituição francesa para modificar os cadernos eleitorais da Nova Caledónia.
Os opositores temem que a medida beneficie os políticos pró-franceses da Nova Caledónia e marginalize ainda mais a população indígena Kanak, que em tempos foi vítima de políticas de segregação rigorosas e de discriminação generalizada.
Atualmente, a ilha encontra-se em estado de emergência, com recolher obrigatório, e o aeroporto está fechado para voos comerciais.
Os países vizinhos, Austrália e Nova Zelândia, já deslocaram dezenas de cidadãos para os respectivos países de origem.