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Aumentam preocupações com as propostas económicas dos partidos antes das eleições francesas

Jordan Bardella
Jordan Bardella Direitos de autor Thomas Padilla/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Thomas Padilla/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De  Euronews
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Artigo publicado originalmente em inglês

Os líderes empresariais franceses manifestaram preocupações quanto às políticas económicas dos partidos políticos antes das eleições legislativas antecipadas, salientando as incertezas quanto aos planos orçamentais do RN e o potencial impacto nos investimentos e na estabilidade do mercado.

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Os líderes empresariais franceses estão preocupados com as políticas económicas dos partidos políticos antes das próximas eleições legislativas antecipadas.

Este sentimento foi evidenciado durante um evento de alto nível organizado pelo MEDEF, a principal federação de empregadores de França, onde políticos proeminentes apresentaram os seus programas económicos.

Pela primeira vez, Éric Ciotti e Jordan Bardella apareceram juntos no evento, com o objetivo de tranquilizar os empregadores quanto às suas agendas económicas.

Bardella, representante do partido de extrema-direita Rassemblement National (RN), enfatizou a estabilidade e o crescimento, enquanto Ciotti - líder dos conservadores de centro-direita Les républicains (LR), que sugeriu de forma controversa que o seu partido se aliasse ao RN - prometeu apoio à comunidade empresarial.

A proposta do RN de reverter a reforma das pensões inquietou particularmente muitos líderes empresariais.

O presidente de uma empresa descreveu os planos orçamentais do RN como "completamente desequilibrados". Já a coligação de esquerda, representada por Boris Vallaud, apelou a uma maior solidariedade dos empregadores.

Édouard Philippe e Bruno Le Maire, da aliança centrista do presidente Emmanuel Macron, sublinharam uma abordagem pró-empresarial e advertiram contra as políticas económicas dos seus adversários. Le Maire criticou as propostas do RN, classificando-as de "loucas" e sublinhando a necessidade de responsabilidade fiscal.

No meio da incerteza política, os empresários, como Charles Le Goff, adoptaram uma atitude cautelosa, congelando os investimentos e suspendendo as contratações.

Um outro empresário, ligado à indústria aeronáutica, contraiu um empréstimo para se preparar para eventuais desafios, duvidando da viabilidade da RN e das promessas da esquerda.

As eleições, marcadas para 30 de junho e 7 de julho, surgem na sequência da decisão de Macron de dissolver a Assembleia Nacional após o forte desempenho do RN nas eleições europeias.

As últimas sondagens indicam que o RN lidera com 34% nas intenções de voto, seguido pela Frente Popular, de esquerda, com 29%, e pela aliança Juntos de Macron, com 22%.

Bardella, dirigindo-se ao MEDEF, prometeu uma auditoria às finanças públicas e um orçamento revisto para 2024, incluindo reduções de impostos para as empresas.

Apelou também a uma redução das despesas da UE e a um controlo das lacunas fiscais. No entanto, Le Maire reiterou o compromisso do governo de reduzir o défice orçamental e manter a estabilidade.

Os representantes da esquerda, como Eric Coquerel, da France Unbowed, argumentaram que o aumento das despesas seria equilibrado pelo crescimento económico e pelo aumento dos impostos sobre os ricos.

Apesar destas garantias, muitos empregadores continuam a não estar convencidos. Sophie de Menton, diretora do Mouvement Ethic, afirmou que nenhuma das propostas do partido dava garantias.

O primeiro-ministro Gabriel Attal comprometeu-se a baixar a fatura da eletricidade, a ajustar o imposto sucessório e a ligar as pensões à inflação se a aliança de Macron mantivesse o poder. Confirmou que não haverá aumentos de impostos sob a sua administração.

Os mercados mostraram alguma estabilidade após as recentes flutuações, mas os investidores continuam a desconfiar de um governo liderado pelo RN, demasiado gastador, ou de um potencial impasse legislativo se nenhum partido assegurar a maioria absoluta.

As ações francesas recuperaram ligeiramente, mas a diferença de custo dos empréstimos entre as obrigações francesas e alemãs indica que os investidores continuam cautelosos.

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