O Líbano teme novas retaliações de Israel ao ataque que matou 12 crianças e adolescentes nos Montes Golã, no sábado. Israelitas atribuem autoria ao Hezbollah, que nega.
Várias companhias aéreas cancelaram voos para o Líbano devido à escalada das tensões entre Israel e o Hezbollah.
Depois de Israel ter já anunciado ataques a alegadas posições do grupo armado xiita, o Líbano espera novas retaliações ao ataque de sábado, quando um míssil ter atingido um campo de futebol nos Montes Golã, ocupados por Israel, matando 12 crianças e adolescentes.
Israel acusa o Hezbollah pelo ataque, mas o grupo libanês, apoiado pelo Irão, nega esta alegação.
O Grupo Lufthansa, sediado em Frankfurt, na Alemanha, confirma que três das companhias aéreas que controla - Lufthansa, Swiss e Eurowings - suspenderam os voos de e para Beirute até 5 de agosto, inclusive. A Air France também cancelou alguns voos e outras companhias aéreas alteraram os horários.
No entanto, os voos cancelados e as tensões crescentes não dissuadiram alguns viajantes: “Quanto às ameaças, não afetaram em nada a minha decisão de vir para o Líbano. Mesmo que haja ameaças, continuaremos a vir para o Líbano, especialmente para o sul", diz Hadi Sharqawi, estudante libanês que viaja de Itália.
Citado pela agência noticiosa libanesa, o diretor da Middle East Airlines (linhas aéreas do Líbano) negou que o aeroporto Rafik Hariri, em Beirute, tenha recebido ameaças ou informações de qualquer fonte de que o aeroporto seria atacado.