Os confrontos estenderam-se até aos arredores de Sudzha, uma cidade com perto de 5.000 habitantes a cerca de 10 quilómetros da fronteira, na região russa de Kursk.
Cerca de 300 soldados ucranianos realizaram uma incursão através da fronteira com a Rússia e entraram em combate no território russo na terça-feira, de acordo com o Kremlin.
Membros da 22ª brigada mecanizada ucraniana lançaram um ataque entre as aldeias fronteiriças de Nikolayevo-Daryino e Oleshnya, na região russa de Kursk, apoiados por "11 tanques e mais de 20 veículos blindados de combate", segundo o Ministério da Defesa da Rússia.
Os confrontos estenderam-se até aos arredores de Sudzha, uma cidade com perto de 5.000 habitantes a cerca de 10 quilómetros da fronteira, perto da região ucraniana de Sumy.
Segundo Moscovo, o ataque foi apoiado por drones e ataques com mísseis.
Pelo menos cinco civis foram mortos e cerca de 28 ficaram feridos, a maioria nos distritos de Sudzha e Korenevo, segundo a agência noticiosa estatal russa Tass. As alegações de ataques com drones e mísseis e os relatos de vítimas não puderam ser confirmados de forma independente.
Apesar de Moscovo ter afirmado que fez recuar a incursão, não é claro se o ataque terminou ou se os combates continuam.
Kiev não comentou imediatamente a alegada incursão. No entanto, Andrii Kovalenko, que pertence ao Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, afirmou que a Rússia não controla a fronteira.
"Os comandantes militares russos mentem sobre o controlo da situação no oblast de Kursk", escreveu Kovalenko no Telegram.
Esta não é a primeira vez que as forças ucranianas entram em território russo. Em março, combatentes russos pró-Ucrânia exilados atacaram as regiões de Belgorod e Kursk, mas foram repelidos sem quaisquer ganhos.
Subsistem dúvidas sobre os benefícios de acções semelhantes, para além do valor de choque e de obrigar parte das tropas russas a reforçar a defesa, deslocando tropas de outros locais.