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Ucrânia destrói mais de 700 bombas em ataque com drones contra aeródromo russo na região de Lipetsk

Tropas ucranianas atacam Rússia
Tropas ucranianas atacam Rússia Direitos de autor AP Photo
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De  João AzevedoEuronews
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Fonte ucraniana contou ao Kyiv Independent que explosão em cadeia destruiu depósito de munições com mais de 700 bombas. O aeródromo militar situado a cerca de 450 quilómetros da fronteira com a Ucrãnia tinha aviões de combate e helicópteros, mas não se sabe quantos foram danificados ou destruídos.

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A Ucrânia diz ter lançado, esta sexta-feira, um ataque com drones contra um aeródromo militar russo na região de Lipetsk, a cerca de 450 quilómetros da fronteira ucraniana, durante o qual foi destruído um depósito de munições com mais de 700 bombas guiadas.

De acordo com o jornal Kyiv Independent, que ouviu fonte fos serviços secretos ucranianos, a investida desencadeou uma explosão em cadeia que levou à detonação das bombas. A fonte adiantou que o ataque foi levado a cabo pelo Serviço de Segurança da Ucrânia em colaboração com o exército ucraniano e as Forças de Operações Especiais.

As autoridades russas confirmaram que um incêndio deflagrou num aeródromo militar e que uma instalação de energia foi danificada num ataque com drones na região de Lipetsk. O serviço de emergências de Lipetsk deu igualmente conta de um incêndio no aeródromo militar da região.

No aeródromo estavam estacionadas dezenas de aviões de combate e helicópteros, mas não se sabe quantos foram danificados ou destruídos.

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia também confirmou o ataque ao aeródromo, referindo que os danos ainda estavam a ser esclarecidos.

Lipetsk fica a nordeste da região de Kursk, onde decorrem atualmente combates após a incursão transfronteiriça ucraniana sem precedentes do início da semana.

O governador de Lipetsk, Igor Artamanov, disse que seis pessoas ficaram feridas no ataque, acrescentando que elas foram levadas para o hospital.

Rússia admite ataque a Sudzha

O Ministério russo da Defesa afirmou esta sexta-feira que as forças russas estão a atacar soldados ucranianos nos arredores da cidade de Sudzha, na região de Kursk, a menos de dez quilómetros da fronteira ucraniana.

É a primeira vez que Moscovo admite que as forças ucranianas chegaram à cidade, apesar de vários relatos sobre a sua presença no local.

De acordo com o Ministério russo da Defesa, as forças do Kremlin também "lançam ataques contra os efetivos e o equipamento das Forças Armadas da Ucrânia" perto das povoações de Daryino, Gogolevka, Melovoy e Nikolskyi.

Os combates estão a decorrer "a algumas dezenas de quilómetros" de Kurchatov, na região de Kursk, segundo o presidente da câmara da cidade, Igor Korpunkov. A cidade situa-se a cerca de 150 quilómetros da região de Sumy, na Ucrânia, e alberga a central nuclear de Kursk.

"Surpresa operacional"

De acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra, sediado nos Estados Unidos, as forças ucranianas conseguiram obter uma surpresa operacional ao longo da fronteira com a Rússia.

No quarto dia da incursão pela Rússia, o mesmo grupo de reflexão acrescenta que as tropas de Kiev estarão agora a ocupar áreas até 35 quilómetros da fronteira internacional com a região de Sumy, com base nas imagens geolocalizadas disponíveis e nas reivindicações russas.

O Instituto frisa, no entanto, que as forças ucranianas não controlam certamente todo o território pelo qual já avançaram, nas estimativas da Rússia.

As forças ucranianas estão a usar pequenos grupos blindados para fazer investidas além da linha de combate, devido à baixa densidade de efetivos russos nas zonas fronteiriças da região de Kursk.

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As unidades ucranianas de maior dimensão estarão alegadamente a operar em áreas da região de Kursk mais próximas da fronteira internacional, procurando consolidar e fortificar algumas posições.

Embora os grupos pró-ucranianos de cidadãos russos tenham feito ataques transfronteiriços fugazes contra a Rússia e a Ucrânia tenha visado várias vezes a região fronteiriça de Belgorod com ataques aéreos, a incursão desta semana marca a primeira vez que unidades regulares ucranianas e de operações especiais entraram em território russo.

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