NewsletterBoletim informativoEventsEventosPodcasts
Loader
Encontra-nos
PUBLICIDADE

Polónia assinala 85 anos da invasão pela Alemanha nazi

Polónia assinala 85 anos da invasão pela Alemanha nazi
Polónia assinala 85 anos da invasão pela Alemanha nazi Direitos de autor Wojciech Strozyk/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Wojciech Strozyk/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De  Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A Polónia assinalou os 85 anos da invasão do país pela Alemanha nazi, que desencadeou a Segunda Guerra Mundial, com os dirigentes a sublinharem a necessidade de uma defesa forte face à guerra na vizinha Ucrânia.

PUBLICIDADE

No domingo, as autoridades polacas procuraram obter reparação ao realizarem cerimónias solenes no início do dia para assinalar o 85º aniversário da invasão e bombardeamento do território polaco pelas forças nazis alemãs no início da Segundo Guerra Mundial.

O Presidente Andrzej Duda e o Vice-Embaixador da Alemanha, Robert Rohde, assistiram a uma cerimónia na cidade de Wielun, o primeiro alvo civil dos bombardeamentos alemães nas primeiras horas do dia 1 de setembro de 1939.

Cerca de 1200 pessoas foram mortas no ataque, que, segundo testemunhas, teve início às 4h40 da manhã. “Podemos dizer que perdoámos, apesar de recordarmos, apesar de a dor persistir e apesar de ainda existirem dezenas de milhares de pessoas que foram diretamente atingidas pelos alemães”, afirmou Duda. Duda apelou também a Berlim para que faça as emendas necessárias.

Num monumento na península de Westerplatte, no Mar Báltico, onde um posto militar foi bombardeado por um navio de guerra alemão poucos minutos depois de Wielun ter sido atacado, o Primeiro-Ministro Donald Tusk e o Ministro da Defesa Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, depositaram coroas de flores e assistiram a uma cerimónia de chamada dos soldados mortos.

Há 85 anos, as tropas do posto avançado, em menor número, lutaram durante sete dias antes de se renderem aos alemães, tornando-se um símbolo de heroísmo e patriotismo.

Donald Tusk
Donald Tusk Wojciech Strozyk/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

Num discurso, realizado durante a cerimónia, Donald Tusk afirmou que a guerra está de novo presente na região, com a invasão russa da Ucrânia, que começou em 2022.

Numa clara referência à Alemanha, Tusk disse que não basta falar de “reconciliação” ou “baixar a cabeça com um sentimento de culpa”, acrescentando que o melhor sinal das lições aprendidas com o passado é “a prontidão para organizar todo o mundo ocidental, a Europa e a NATO para a defesa contra a agressão que estamos a testemunhar hoje nos campos de batalha da Ucrânia”.

“Hoje não vamos dizer 'Nunca mais'. Hoje temos de dizer 'Nunca Mais Sozinho'”, afirmou o primeiro-ministro polaco.

Tusk afirmou ainda que a Polónia está a construir “o exército mais moderno da Europa, um dos mais fortes da Europa” para contribuir ativamente para a unidade e força da aliança de defesa da NATO e do continente europeu, “para defender a nossa civilização” e “nunca mais expor a nossa pátria a quaisquer riscos”.

Durante mais de cinco anos de Segunda Guerra Mundial e de uma brutal ocupação alemã, a Polónia perdeu 6 milhões de cidadãos, ou seja, um sexto da sua população, dos quais 3 milhões eram judeus.

Polónia insta Alemanha a dar compensações pelas perdas

O anterior governo de direita da Polónia exigiu à Alemanha 1,3 biliões de dólares em indemnizações. O atual Governo de Tusk reduziu a exigência a uma forma de compensação que poderia servir para reforçar os laços entre os dois vizinhos.

A Alemanha insiste que o assunto está encerrado, uma vez que pagou indemnizações ao Bloco de Leste, liderado por Moscovo após a guerra. Varsóvia afirma não ter recebido qualquer parte.

O país também sofreu enormes perdas nas suas infraestruturas, indústria e agricultura.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Organização judaica quer transformar edifício nazi em aviso contra o extremismo

Quadro com 300 anos roubado durante a Segunda Guerra Mundial devolvido a museu alemão

Morreu o último veterano francês da Segunda Guerra Mundial