A proposta de orçamento da Polónia para 2025 inclui uma despesa recorde com a Defesa de 187 mil milhões de zlotys (43,6 mil milhões de dólares).
O primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, apresentou os principais pontos do orçamento do próximo ano e as preocupações com a segurança são elevadas, tendo em conta a fronteira com a Ucrânia.
Tusk descreveu a proposta de orçamento como “generosa” e que apoia um maior crescimento económico. “É um grande esforço, mas não há volta a dar”, disse Tusk numa conferência de imprensa, referindo-se ao financiamento do setor da Defesa.
O ministro das Finanças, Andrzej Domanski, afirmou que a proposta de despesa com a Defesa representará 4,7% do produto interno bruto, em comparação com os 4,2% deste ano, o que já faz da Polónia um líder na NATO e na União Europeia, sendo a Defesa uma prioridade deste mandato de Ursula von der Leyen.
Em 2019, a Europa ainda não estava a investir 2% do PIB, o que é obrigatório de acordo com as regras da NATO.
Tusk afirmou que este será um orçamento de “construção e força” e que contribuirá para reforçar a segurança da Polónia, que inclui também a sensível segurança energética.
A Polónia, que apoia a luta da Ucrânia contra a invasão total da Rússia, está a fazer muitas aquisições de equipamento militar, incluindo aviões de combate, tanques e sistemas de defesa antimíssil dos EUA e da Coreia do Sul.
Nos últimos anos, a Polónia tem vindo a dar passos largos para reduzir a sua dependência de fontes de energia provenientes da Rússia, como o gás e o petróleo.
No final do ano de 2020, a Polónia anunciou que iria construir a sua primeira central nuclear, cerca de 4,6 mil milhões de zlotys (1,07 mil milhões de euros) e deverá estar operacional no norte do país em 2035.
O crescimento económico da Polónia deverá ser de 3,9% no próximo ano, em comparação com 3,1% de 2024, e prevê-se uma taxa de inflação de 5%, contra cerca de 4% este ano.
O plano orçamental será debatido e necessita da aprovação dos legisladores polacos e do presidente Andrzej Duda.