Temperaturas recorde e falta de chuva têm marcado os verões europeus, com consequências negativas para os países, nomeadamente o recuo das águas dos rios do continente.
As temperaturas recorde e a falta de chuva estão a ter consequências graves em toda a Europa.
Na Bósnia, as temperaturas elevadas registadas este verão fizeram com que partes de alguns lagos secassem completamente, criando vastas váreas de terra ressequida.
O lago Bileca é normalmente uma fonte de energia hidroelétrica no país, bem como um local popular para nadar. Agora, barcos e pataformas de mergulho estão encalhados no que já foram destinos populares à beira do lago.
Este ano, os baixos níveis de água bateram novos recordes, afetando tanto a indústria energética como o turismo no país dos Balcãs.
“Os níveis de água dos rios e dos lagos são extremamente baixos e a situação é igualmente má no subsolo, onde o abastecimento de água potável é bastante reduzido”, explica Bakir Krajinovic, climatologista do Instituto Hidrometeorológico da Bósnia.
As temperaturas elevadas registadas nos últimos três meses são responsáveis por esta transformação da paisagem.
“O nível da água desceu muito este ano e é muito difícil para os nadadores e outras pessoas aproximarem-se do lago. Parece uma coisa de outro planeta”, explica Blagoge Zare, um residente de Bileca, enquanto explica as diferenças entre o lago com níveis de água normal e o lago agora, com níveis de água consideravelmente mais baixos.
Polónia: níveis da água do rio Vístula com recorde negativo
Na Polónia, foi batido outro recorde, com o indicador de água do rio Vístula em Varsóvia a mostrar apenas 24 centímetros na segunda-feira, após um fim de semana quente.
Há dias que os hidrólogos avisavam que o rio iria atingir os níveis mais baixos alguma vez registados.
A leitura de segunda-feira bateu o recorde de há nove anos, quando o nível do rio Vístula desceu três vezes, para 26 cm.