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Espionagem nas universidades europeias: "Temos de estar vigilantes, mas não paranoicos"

Parlamento Europeu em Estrasburgo.
Parlamento Europeu em Estrasburgo. Direitos de autor  Jean-Francois Badias/Copyright 2022 The AP. All rights reserved.
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De Amandine Hess
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No plenário de Estrasburgo, os eurodeputados debateram a interferência estrangeira e a espionagem por parte de países terceiros nas universidades europeias.

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As universidades são os centros nevrálgicos da investigação e da inovação, mas também espaços de debate e de intercâmbio de conhecimentos.

As universidades europeias estão a tornar-se alvo de interferência estrangeira por parte de países terceiros como a China, a Rússia ou o Irão, alertaram os eurodeputados durante um debate em plenário em Estrasburgo.

"Este tópico, em termos de possível interferência a nível universitário, é um ponto cego para as nossas políticas. Isto quer dizer que, na realidade, existem factos comprovados que podem ser de duas ordens, ou espionagem pura e simples, no que diz respeito à investigação, ou influência", Laurence Farreng, eurodeputada francesa (Renew Europe), que solicitou a inclusão deste debate na ordem de trabalhos, disse à Euronews.

Sucedendo-se uns aos outros no púlpito, os eurodeputados afirmaram que os países terceiros aproveitam as parcerias académicas para beneficiar de transferências de tecnologia, realizar operações de espionagem ou influenciar debates.

"A China está a financiar investigadores europeus em áreas estratégicas como a inteligência artificial, as tecnologias quânticas, a investigação espacial e a biotecnologia. Os investigadores chineses são obrigados pela Lei dos Serviços Secretos a partilhar os seus conhecimentos com o Estado", declarou Hannes Heide, eurodeputado austríaco (S&D).

"Por conseguinte, é urgente reforçar o controlo e a transparência do financiamento da investigação", acrescentou.

Entre as suas recomendações, os eurodeputados apelam à transparência das instituições de financiamento, à sensibilização das universidades e ao aumento do financiamento público do ensino superior.

"Devemos também coordenar este trabalho com as agências de informação europeias. Afinal de contas, são muitas vezes elas as primeiras a descobrir a interferência estrangeira", declarou Markéta Gregorová, eurodeputada checa (Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia).

"A China e a Rússia são as nossas principais fontes de interferência estrangeira. Por isso, apesar de acolhermos nas nossas universidades estudantes com ligações a estas nações, não devemos ser ingénuos e conceder a todos o acesso fácil a tecnologias de ponta. Temos de estar vigilantes, mas não paranóicos", acrescentou.

O Parlamento Europeu sublinhou, no entanto, a importância de garantir a liberdade académica, a autonomia e a abertura das instituições.

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