O ataque russo à cidade de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, matou pelo menos nove pessoas e feriu cerca de 20 outras, segundo o governador do Oblast de Zaporizhzhia, Ivan Fedorov.
As imagens divulgadas pelo Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia mostram os bombeiros a apagar fogos violentos na sexta-feira à noite, na sequência do ataque mortal.
As sirenes de alerta para ataque aéreo soaram em toda a cidade a partir das 17:00 horas locais (15h00 em Lisboa), uma vez que a Força Aérea da Ucrânia alertou para a possibilidade de mais ataques.
Fedorov diz que o bombardeamento russo em Zaporizhzhia teve como alvo uma estação de serviço, que foi destruída, e causou danos a várias casas, empresas e veículos nas ruas próximas.
Fedorov apelidou a Rússia de Estado terrorista, acusando-a de levar a cabo esta ofensiva, que visou apenas posições civis, com total desprezo pela vida humana.
As bombas atingiram civis desprevenidos, muitos dos quais estavam a observar e a celebrar um dos feriados mais festivos da Ucrânia, o dia de São Nicolau.
Fedorov declarou igualmente que as forças russas tinham bombardeado a cidade de Kryvyi Rih, vizinha de Zaporizhzhia. Este ataque matou duas pessoas e feriu mais de uma dúzia de outras, uma vez que as bombas tinham como alvo um edifício residencial.
“Trata-se de dois ataques russos a duas cidades ucranianas num só dia. Milhares de ataques deste tipo levados a cabo pela Rússia durante esta guerra são absolutamente claros: O próprio Putin não precisa de uma paz verdadeira”, afirmou Fedorov numa publicação partilhada na sua página oficial do Telegram.
Zelenskyy assiste à reabertura da catedral de Notre-Dame em Paris
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, deslocar-se-á a Paris a convite do Presidente francês, Emmanuel Macron, para assistir à reabertura da icónica catedral de Notre-Dame de Paris.
Entre as outras personalidades presentes contam-se a Primeira Dama dos Estados Unidos, Jill Biden, que representará o Presidente dos EUA, Joe Biden, que recusou o convite alguns dias antes.
O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, também está presente no evento e deverá manter conversações bilaterais com o seu homólogo francês à margem das celebrações. Esta é a primeira viagem de Trump ao estrangeiro desde que ganhou as eleições presidenciais no mês passado e a guerra na Ucrânia é um dos temas principais da agenda.
Fontes próximas de Zelenskyy afirmam que uma reunião com Trump poderá ter lugar em Paris, no que seria o primeiro encontro entre os dois desde a vitória de Trump.
Durante a sua campanha presidencial, Trump tem afirmado regularmente que pode pôr fim ao conflito e garantir um cessar-fogo nas 24 horas seguintes à sua tomada de posse. Tem criticado regularmente o Presidente ucraniano pela forma como tem conduzido a guerra.
Zelenskyy e Trump reuniram-se em finais de setembro na Trump Tower, a base do antigo presidente em Nova Iorque. Trump, que tem sido um crítico acérrimo do financiamento e do apoio militar dos EUA à Ucrânia durante a sua campanha, disse que aprendeu muito com esse encontro.
Estará Donald Trump a abrandar a sua posição de linha dura no apoio à Ucrânia?
O chanceler alemão, Olaf Scholz, diz estar confiante de que conseguirá chegar a acordo com Trump sobre uma estratégia conjunta para a Ucrânia, depois de ter mantido uma conversa telefónica com o presidente dos EUA.
“O meu princípio orientador continua a ser que nada pode ser decidido sem que o povo ucraniano tenha uma palavra a dizer”, afirmou Scholz numa entrevista aos meios de comunicação social alemães.
O líder alemão disse ter falado com Trump em pormenor sobre o assunto e sublinhou que mantém contactos diretos com o novo Presidente dos EUA e a sua equipa de transição.
O anúncio de Scholz seguiu-se a uma visita surpresa à Ucrânia na segunda-feira, onde prometeu 650 milhões de euros em ajuda militar à Ucrânia. Scholz afirmou que o apoio renovado envia um forte sinal de unidade e solidariedade ao Presidente russo, Vladimir Putin, indicando que Berlim se manterá ao lado de Kiev durante o tempo que for necessário.