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Perito militar afirma que avião da Azerbaijan Airlines terá sido abatido por míssil antiaéreo

Os destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines jazem no chão perto do aeroporto de Aktau, no Cazaquistão, quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Os destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines jazem no chão perto do aeroporto de Aktau, no Cazaquistão, quarta-feira, 25 de dezembro de 2024 Direitos de autor  AP Photo
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De Gavin Blackburn com AP
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O governo do Azerbaijão confirmou, em exclusivo à Euronews, que um míssil terra-ar russo provocou a queda do avião em Aktau.

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Um perito militar russo afirmou que o voo da Azerbaijan Airlines que se despenhou no Cazaquistão terá sido derrubado por "algo muito semelhante a um míssil antiaéreo".

O voo 8432 da Azerbaijan Airlines descolou de Baku, capital do Azerbaijão, na manhã de quarta-feira, com destino a Grozny, na Chechénia.

"O avião foi danificado por algo muito semelhante a um míssil antiaéreo. E é realmente muito, muito difícil assumir qualquer outra coisa sem provas sérias", disse o especialista militar Yan Matveyev.

"Mas, no geral, parece que a cauda do avião foi danificada por fragmentos de mísseis, provavelmente um míssil Pantsir S-1 ou um sistema antiaéreo com os mesmos pequenos mísseis que transportam uma ogiva não muito grande."

Os destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines jazem no chão perto do aeroporto de Aktau, no Cazaquistão, quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Os destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines jazem no chão perto do aeroporto de Aktau, no Cazaquistão, quarta-feira, 25 de dezembro de 2024 AP/Administração da região de Mangystau

Estes comentários surgem depois de fontes governamentais do Azerbaijão terem confirmado, em exclusivo à Euronews, que um míssil terra-ar russo provocou a queda do avião em Aktau.

De acordo com as fontes, o míssil foi disparado contra o avião durante uma atividade aérea de drones sobre Grozny e os estilhaços atingiram os passageiros e a tripulação, tendo explodido junto ao avião em pleno voo.

Yan Matveyev confirmou que drones ucranianos se encontravam a sobrevoar a Chechénia na altura em que o avião caiu e que era possível que tivesse sido atingido pelas defesas aéreas russas.

"O que estava a acontecer no território da Rússia, no território da República da Chechénia, na altura em que o avião estava em voo, aponta para um possível ataque de um sistema de defesa aérea, o sistema de defesa aérea Pantsir S-1, porque os drones ucranianos estavam a voar pelo local nessa altura", referiu.

Fontes governamentais disseram à Euronews que o avião danificado não foi autorizado a aterrar em nenhum aeroporto russo, apesar dos pedidos de aterragem de emergência feitos pelos pilotos, e foi-lhe ordenado que atravessasse o Mar Cáspio em direção a Aktau, no Cazaquistão.

De acordo com os dados, os sistemas de navegação GPS do avião ficaram bloqueados durante toda a trajetória de voo sobre o mar.

Na quinta-feira, Moscovo pediu para não se espalharem "hipóteses" sobre a causa do acidente até que a investigação, que ainda está em curso, esteja concluída.

"Seria incorreto avançar com quaisquer hipóteses antes das conclusões do inquérito. Nós, naturalmente, não o faremos e ninguém o deve fazer. Precisamos de esperar até que a investigação esteja concluída", considerou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

A investigação sobre o acidente também deverá revelar por que razão a Rússia terá negado ao avião autorização para aterrar em qualquer dos seus aeroportos, obrigando os pilotos a efetuar a travessia do Mar Cáspio com um avião danificado.

A autoridade russa para a aviação civil, a Rosaviatsia, afirmou que as informações preliminares indicavam que os pilotos divergiram para Aktau depois de uma colisão com aves ter provocado uma emergência a bordo.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, disse que era demasiado cedo para especular sobre as razões do acidente, mas afirmou que as condições meteorológicas tinham forçado o avião a alterar a rota planeada.

Os destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines jazem no chão perto do aeroporto de Aktau, no Cazaquistão, quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Os destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines jazem no chão perto do aeroporto de Aktau, no Cazaquistão, quarta-feira, 25 de dezembro de 2024 AP/Administração da região de Mangystau

As autoridades do Cazaquistão também evitaram comentar a possível causa do acidente, dizendo que caberá aos investigadores determiná-la.

Se os dados preliminares do inquérito se confirmarem, esta será a segunda vez numa década que as forças russas destroem um avião comercial.

O voo 17 da Malaysian Airlines foi abatido pelas forças apoiadas pela Rússia sobre o leste da Ucrânia em 2014, matando todas as 298 pessoas a bordo.

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